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Trovão.

Subi pra boca chamando uns moleques e pedi pra eles rastrearem o celular da Maria Luiza e do Vg, eu tava sem paciência pra caralho quando eles falaram que tavam no mesmo lugar, no mermo hospital. Eu fiquei meio em dúvida do bagulho mas peguei minha moto indo pro hospital, deveria ter acontecido algum bagulho sério.

Quando eu ia dobrar pra entrar no hospital vi os carros de polícia passando por mim, parei a moto na hora e fui pro cantinho, olhei em volta e quando olhei pra porta do hospital, vi o Vg correndo e a Maria Luiza parada lá. Abri maior olhão quando os polícias foram pra cima dela, tirei meu celular da cintura ligando pro Perigo e vi a Maria Luiza sendo expulsa.

Pelo que eu tinha me ligado, se o Caio não tava no meio deles, o Caio que deveria tá no hospital. Eu tava esperando a polícia sair pra poder ir verificar quando vi o Peixe parado por ali, o Perigo me atendeu e eu fiquei encarando o peixe que tava de cantinho esperando a polícia sair. Eu tava praticamente na esquina do hospital e ele mais pra frente, tava um pouquinho longe mas dava pra saber qual era a dele.

"Perigo: Qual foi?
Trovão: Não sei qual a procedência dos bagulhos, mas a Maria Luiza tava aqui no hospital com o Vg e foi levada pra delegacia.
Perigo: Ela tava fazendo o que no hospital?
Trovão: Não sei, da pra explicar agora não. Mete teu corre aí pra ajudar ela, eu boto fé que aconteceu alguma coisa com o Caio, o Peixe tá aqui rondando.
Perigo: Se tiver chance, mata o filho da puta."

Só concordei com o que ele tava falando e ele falou que ia mandar os menor atrás da Maria e outros aqui. O carro que tava com a safada já tinha ido embora, mas ficou outro carro da polícia provavelmente rondando pra saber alguma informação do Vg, que provavelmente tava sendo procurado até no inferno.

Comecei a ligar igual maluco pro Rb e depois de quase dez ligações ele me atendeu, xingou pra caralho e eu expliquei o bagulho a ele, falei que precisava de alguém de confiança lá dentro e ele disse que tava vindo.

Robson: Tu não fode e não deixa ninguém fuder, caralho! - Chegou reclamando, o menor que veio deixar ele foi embora e eu encarei ele.- Eu falo que sou o que do moleque?

Trovão: Tio, sei lá cara mete o louco.- Dei os ombros.- Trouxe o silenciador?

Ele me entregou o silenciador e eu coloquei na pistola, Rb dei uma corrida até a entrada do hospital e passou limpo. Assim que ele entrou, eu carreguei a arma, apontei pro Peixe mas ele não ficava quieto, quando ia puxar o gatilho sem nem saber onde ia acertar, uma mão bateu nas minhas costas, eu puxei o gatilho por reflexo e atingiu o braço do Peixe.

Vagner: Trovão, caralho! Mano, vamo meter o pé daqui, a polícia tá fechando as ruas.- Falou desesperado e eu encarei ele que tava parado atrás de mim quase nem conseguia respirar.

Eu ia responder ele mas escutei tiro e vi a bala passando perto de mim, o Peixe percebeu que eu tinha tentado matar ele e os moleques que tavam com ele começaram a trocar comigo, mas eu ignorei o bagulho. Vg subiu na moto e eu saí dali, quando tava dobrando a esquina vi o carro do Peixe saindo na mesma direção que a da gente.

Vg foi me guiando pelo melhor caminho, mas o carro do peixe tava na cola, os moleques tavam em cima atirando nem aí pra nada, eu tava fazendo zig zag na pista, pela hora nem tinha tanto carro assim, mas tava foda de qualquer maneira. Eu tava seguindo reto quando o carro da polícia passou na nossa frente, e agora eram dois bagulhos pra desviar, os tiros do filho da puta, e os tiros da polícia.

Vagner: Caralho.- Falou alto e eu não entendi, vi o Vg caindo da moto e fui freiar.- Continua, porra!

Vagner gritou do chão e eu olhei pra barriga dele que tava saindo sangue como se fosse água, não sabia quem tinha acertado ele mas sei que ele tava caído no meio da pista, eu consegui passar por ali e vi a polícia trocando tiro com o carro do Peixe. Neguei com a cabeça querendo voltar ali e pegar o Vagner, mas eu sabia que se eu fizesse isso, os dois iriam ser presos, e eu provavelmente iria ser morto na primeira oportunidade.

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