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Maria Luiza

Sai perguntando as pessoas e elas falaram que viram ele correndo em direção a saída do morro, Trovão tava descendo o morro correndo na minha frente e eu já tava ficando desesperada. Quando tava descendo a escadaria, vi um rosto que eu conhecia da longe, e não importava quantos anos se passassem.

Continuei descendo e o Trovão assim que viu o Ricardo, puxou a arma da cintura e apontou pra ele, o Caio parou de correr olhando pro Trovão e eu continuei atrás do Caio.

Peixe: Achei que nunca mais ia encontrar vocês! - Falou quando eu parei do lado do Caio.

Caio: Me solta, eu não quero ficar com você.- Gritou se afastando de mim.

Trovão: O que tu tá fazendo aqui, filho da puta? - Ouvi a voz dele e lembrei que ele ainda estava com a arma apontada pro Ricardo.

Eram muitas informações ao mesmo tempo, a porra do Peixe estava bem aqui na minha frente, o meu filho sabia o que era ser uma prostituta e estava me odiando por isso, o Trovão estava no ódio apontando uma arma pro Peixe e com certeza tinha algo além de mim nessa história.

Peixe: Vim buscar minha mulher e meu filho, já estava na hora.- O Caio parou de tentar fugir de mim e olhou pra ele, eu por minha vez, soltei o Caio e dei um tapa na cara dele.

Malu: Sua mulher e seu filho um caralho.- Gritei na cara dele, apontando o dedo no rosto dele.- Seu filho da puta!

Peixe: Olha como você fala comigo, amor.- Falou debochado, segurando meu dedo.

Peixe colocou meu dedo pra trás, na intenção de deslocar, tentei meu afastar e ele apertou mas forte, porém o Trovão se aproximou e colocou a arma na cabeça dele, destravando.

Trovão: Solta ela! - Falou com ódio, Peixe soltou uma risada e me soltou, andei pra trás e senti meu dedo doer.- Eu te dou um minuto pra sair do meu morro, seu alemão do caralho!

Peixe: Eu só saio daqui com o meu filho, não se mete, é papo de família aqui! - Trovão me olhou e eu neguei.

Caio: Você é meu pai? - Falou olhando pra ele e eu entrei na frente do Caio.- Por que você me abandonou?

Peixe: Eu não te abandonei, filho! Eu queria ficar com você e sua mãe te tirou de mim, ela não deixou eu ficar com você.- Falou e eu encarei ele.

Malu: Vai se fuder, seu mentiroso sujo! - Gritei.

Tomei um susto com o barulho das motos subindo o morro e vi meu pai, ele desceu da moto no puro ódio e puxou o Peixe pela blusa jogando ele no chão, alguns homens que estavam com o Peixe apontaram a arma pro meu pai e eu respirei fundo, vendo o Trovão se afastar.

Caio: Eu não quero ficar aqui, eu quero o meu pai. Você é uma mentirosa, me solta.- Gritou, eu virei de uma vez e segurei os ombros dele.

Malu: Você vai ficar quieto agora, porque fui eu quem te criei, eu que dei a minha vida por você, eu quem sempre fiz de tudo por você.- Falei alto, olhando bem nos olhos dele.- E você não tem o direito de falar nada, eu sou a sua mãe, Caio. E você vai ficar calado, entendeu?

Ele ia falar mas alguma coisa porém o Perigo parou do meu lado fazendo o Caio olhar pra ele.

Perigo: Fica calado e respeita sua mãe! - Falou sério.

O Caio desistiu de falar qualquer coisa, porque até em mim o Perigo passava medo. Eu passei a mão no cabelo vendo que muita gente estava ali me olhando, o Peixe tava sendo levantado pelos homens dele e o Trovão com a arma na mão, abaixada.

Peixe: Eu venho atrás do meu filho e eu vou conseguir ter ele! - Falou dando uns passos pra trás.

Senti meu sangue fever e fui em sua direção, puxei a arma da mão do Trovão que tentou segurar e apontei a arma pro Peixe, destravei e apontei nem pra cabeça dele.

Malu: Você tá me ameaçando, seu filho da puta? - Falei com ódio, vendo ele me olhar surpreso.- Se você tentar encostar em um fio do cabelo do meu filho, eu vou acabar com a merda da sua vida.

Trovão parou atrás de mim e o Peixe deu as costas, saindo com os seguranças dele. Trovão tirou a arma com cuidado da minha mão e eu virei, olhando pra ele que me encarava com um misto de reação, preocupação, raiva, curiosidade...

Passei por ele olhando pro Caio que se afastou indo pra perto do meu pai e eu desisti daquilo. Passei por todo mundo segurando o choro e fui subindo pra minha casa sozinha, eu realmente estava muito cansada e já tinha largado de mão de tudo!

Primeira dama Onde histórias criam vida. Descubra agora