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Maria Luiza

O dia da invasão foi insuportável, já havia se passado um mês depois dele, e boas coisas mudaram.

No dia que aconteceu a invasão, fiquei sabendo que o Trovão havia sido acertado. Meu coração parou por alguns momentos, fiquei nervosa por ele e preocupada até demais, principalmente quando descobri que era cirugia com uma chance mínima.

Passei uma semana inteira preocupada, procurei saber sobre ele até, e no final soube que tudo ocorreu bem. Mas ele voltou pra casa e ficou trancado lá, mas a boa parte não foi essa, foi a que ele voltou com a Alicia.

Na semana que ele voltou, eu tava descendo o morro pro meu trabalho, que inclusive havia conseguido, quando vi eles dois entrando juntos na casa dele. Ele sendo levado com pelos meninos e ela do lado com o Luiz, eles não me viram, mas eu observei como o Luiz tava feliz, o sorriso era enorme.

E talvez era isso que fosse destinado a eles, eles se entendiam nas mentes de merdas deles, então devessem ficar juntos. Pelo menos o Luiz sairia feliz nessa relação, e isso era importante pelo menos.

Nesse mês, recebi uma mensagem do Trovão... "Saudades pra caralho, não sei o que tá rolando, mas tô ligado que tu arrumou um trampo e tá no progresso. Fico felizão pra caralho por tu, mermo tu sendo chata e uma safada da caralho. Qualquer bagulho, eu tô aqui."

Achei engraçada, mas apaguei assim que terminei de ler. Ele não tinha esse direito, não mesmo.

O Caio que estava triste, não estava mais brincado com o melhor amigo, e parecia que algo havia acontecido, pois quando passamos pelo Luiz algumas vezes, ele nem se quer olhou pro Caio, o que me deixou muito chateada.

Mas vida que segue, né?! O tempo não para só por causa de problemas, e sempre foi assim, só nós resta aceitar.

Vagner: Malu.- Olhei pra ele, que se afastou dos meninos e deu uma corrida até o meu lado.- Consegui comprar o bagulho, manda teu filho parar de perturbar minha mente agora.

Malu: Você é um ótimo amigo.- Peguei as três barras de chocolate alpino da mão dele, Caio tinha perturbado a mente dele porque a gente rodou nos mercados daqui e não tinha.

O Vg havia se tornado um ótimo colega pra mim, e um bom amigo pro Caio. Aos poucos a gente se aproximou e eu fui conhecendo melhor ele, ele era gente boa pra caralho, o que ferrava era as drogas que ele usava, mas eu até tava ajudando ele com isso. Fora que ele tá maluco atrás de pegar a Laís, e eu tô tentando ajudar, sendo que ele quer que eu faça o impossível até.

Vagner: Outro bagulho, tem gente na tua casa esperando tu.- Eu abri maior olhão.

Malu: Como assim? O Caio tá em casa sozinho, que porra é essa? - Falei ficando nervosa já.- Tá maluco cara? Minha casa, meu filho, onde já se viu, Vg?

Vagner: Tem uns moleques de segurança lá, mas é b.o teu...- Eu encarei o Vagner e comecei a subir o morro correndo.- Espera que eu te levo, maluca!

Parei de correr vendo ele subir na moto e ele parou do meu lado, Vg acelerou me fazendo segurar nele e sentir minha cabeça explodindo de preocupação. Quando ele parou na porta de casa, parecia que ali tinha virado estacionamento de moto, não tinha só uma, eram quase dez motos na porta da minha casa, fora uns malucos que eu nunca tinha visto na minha vida parados ali na frente.

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