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Maria Luiza.

Eram quase dez horas da noite quando eu queria ir embora, chamei o Caio que não contestou e o Luiz queria ficar mais. Então fui com ele até o pai dele, que tava conversando com os moleques do morro, deixei o Luiz lá e sai dando as costas com o Caio segurando minha mão.

Quando cheguei em casa, pedi pro Caio organizar as coisas dele e dormir, porque eu fui direito me deitar. Estava quase cochilando quando meu celular começou a tocar, eu olhei o nome do Trovão e desliguei, mas ele ligou mais duas vezes.

"Trovão: Qual foi cara, deixei a chave da minha moto aí dentro."

Eu desliguei após escutar isso e me levantei procurando a chave, encontrei e abri as portas, indo até o porão entregar. Ele tava sem o Luiz e só estava encostado na moto que tava em cima da minha calçada, estendi a chave pra ele e ele veio pra cima de mim, me impedindo de fechar o portão.

Trovão: Bora trocar uma ideia agora.- Apontou.

Malu: Tá achando que as coisas são todas na hora que você quer?

Trovão: Não ia tá discutindo contigo na rua cara, se liga.- Gesticulou, apontando pra cabeça.

Malu: Ótimo, mas eu não quero conversar agora.- Falei encarando ele.

Trovão: Jae, Maria Luiza.- Falou expirando o ar sem paciência e saiu de perto de mim, fechei o portão escutando ele ligar a moto e eu entrei novamente.

Fechei e apaguei tudo, voltando a dormir. Quando acordei, ajeitei as coisas e fui trabalhar, estava morta de cansada voltando no carro de um dos meninos que meu pai mandava me buscar e me deixar em casa todos os dias. Quando cheguei em casa, o Caio tava na cozinha e eu fui até lá, ele tava fritando um pão e eu sorri cansada, me sentando.

Caio: Você demorou hoje.- Eu coloquei a bolsa em cima da mesa.

Malu: O trânsito me atrasou.- Falei me esticando.- Vou tomar um banho e deitar, tá?! Cuidado aí.

Ele concordou com a cabeça e eu fui tomar banho, me deitei e fiquei assistindo televisão, vendo a hora passar. Fiquei imaginando se a mãe do Trovão teria concordado com minha atitude de não ir por causa da Alicia, ou se ela estaria me xingando porque gosta da Alicia.

Eram quase dez da noite, Caio já havia ido deitar e eu tava tranquila assistindo série até receber uma mensagem do Trovão me pedindo pra abrir o portão, me levantei cheia de preguiça e fui, abri e voltei na frente pro quarto, me deitei e ele apareceu sentando na cama.

Trovão: Tá afim de falar algum bagulho? - Falou olhando pra mim.

Malu: Sou eu que tenho que falar algo? Tudo que eu penso, já te disse.

Trovão: E eu não tenho nada mais, pô. Não é de agora que eu peço pra aquela louca ir embora, eu não tenho culpa. Vou expulsar ela com meu filho na barriga? Capaz dela fazer alguma coisa pro bebê porque ela tá ligada que eu quero ele.- Olhei pra ele, que me encarava com atenção.

Malu: Então tudo bem, deixa passar até o nascimento do seu filho, depois disso você tenta tirar ela de lá e a gente se resolve.- Ele soltou uma risada debochada.

Trovão: Seis meses? Tá fumando qual pra tá vencido assim? - Falou irônico.

Malu: Sua ex mulher mora com você, eu sou a outra assumida. Você acha que eu vou ser chamada de quê? No máximo, de fiel corna.- Ele coçou a cabeça, respirando fundo.

Trovão: Pô maria, tu quer que eu que saia de lá? Eu saio pô, pronto cara...- Falou dando os ombros.

Malu: Eu não quero que você faça nada contra sua vontade.- Ele me encarou, se aproximando.

Trovão: Minha vontade é de ficar contigo cara, se eu tenho que sair da minha própria casa, eu saio pô. Dá em nada.-  Segurei o sorriso e o Trovão deitou a cabeça no meu braço, ficando na minha frente.

Trovão passou a mão pela minha cintura me abraçando e beijou meu rosto, respirei fundo dando um selinho nele e ele me beijou, me tirando a atenção da televisão.

Trovão: Quer ir comer com a coroa no sábado? - Falou me olhando.- Em algum restaurante aí.

Malu: Pode ser.- Confirmei com a cabeça, com ele segurando minha bochecha.- Obrigada por me entender.

Trovão piscou me beijando novamente e sua mão deslizou pra dentro do meu short, coloquei minha perna em cima da dele e senti os dedos dele brincando com minha intimidade. Pedi pra ele ir trancar a porta e em poucos minutos a gente estava sem roupa, e eu aproveitando o máximo por ter ele aqui.

Primeira dama Onde histórias criam vida. Descubra agora