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Trovão.

Eu acordei no maior susto, o celular da Maria Luiza tava tocando e ela deu um pulo do meu lado, passei a mão no rosto vendo que eu tinha dormido da pior forma e ela arrastou o celular, desligando o toque.

Trovão: Vou parar de dormir contigo, papo reto. Toda vez esse mermo bagulho.- Reclamei e ela me olhou com cara de sono.

Malu: Ó trovão, e quando foi que eu pedi pra você dormir comigo? - Falou se sentando no sofá de novo.

Trovão: Qual foi cara, tu acorda aí toda boladona e tal, nem da bom dia pro mano pô! - Desviei o assunto, vendo ela deitar a cabeça no sofá.

Malu: E você já acorda reclamando, qual pior? - Olhei pra ela, que piscou.

Segurei o rosto dela e fui beijar a chata, mas ela desviou e eu beijei a bochecha dela, ela reclamou que ainda estava com sono e eu me levantei devagar, vendo ela me encarar.

Malu: Quer ajuda? - Neguei, indo até o banheiro que era fora do quarto.

Dei meu mijão tranquilo e quando sai escutei ela na cozinha, me sentei na mesa e fiquei olhando ela pegando uns bagulhos da geladeira. Arrastei meu celular e fiquei olhando os bagulhos, procurando se tinha alguma novidade do Vg, também acionei uns moleques e pedi pra eles ficarem de olho e irem atrás da Maria Luiza assim que ela saísse do morro. Peixe tava por aí e qualquer vacilo era bobeira.

Malu: Depois do trabalho, vou lá no meu pai.- Falou e eu olhei pra ela.

Trovão: Quer que eu leve? - Ela negou.

Malu: Não falei por isso, lembra que eu te falei que iria passar uns dias lá? - Me olhou de canto.

Trovão: Não lembro pô, tu falou quando? - Meti serinho.

Malu: Se liga, essas horas cê tá de graça? - Reclamou.- Vai ser só uns meses.

Trovão: Meses? Que papo feio pô, pra que isso? Alguma vez o Peixe subiu esse morro atrás de tu? - Falei ficando bolado.

Malu: Eu te falei que queria reformar a casa, o quarto do Caio. Isso demora, não é rápido assim.

Trovão: Eu banco isso pô, faço os moleques terminarem em uma semana.- Ela negou.

Malu: Eu passei um bom tempo juntando dinheiro pra poder pagar isso, é importante pra mim. Fora que você não tem nada a ver.- Falou parando do meu lado.

Trovão: Papo dez, tenho que dar o melhor pro meu enteado né pô.- Segurei a cintura dela que riu.

Malu: Fala a verdade, cê não aguenta mais me ter longe né? - Colocou a mão no meus ombros.

Trovão: Viaja não.- Dei um tapinha na cintura dela.- Quando é o aniversário do menor?

Malu: Outubro, dia sete. Daqui um mês.

Trovão: Posso não bancar os bagulhos, mas posso pelo menos dá uma grana pros moleques deixarem o bagulho pronto antes dessa parada aí? - Ela me encarou pensativa.- Meu presente pra ele cara.

Malu: Nada além disso! - Me deu um selinho.- Obrigada.

Trovão: Que nada, faço pela nossa família.- Gastei e ela soltou uma risada, me soltando.

Malu: Continua falando assim, Trovão. Quando eu começar a acreditar, não tenta correr.- Falou se afastando e indo pro quarto.

Trovão: E tá achando que é caô?! Se liga.- Falei sorrindo de lado.

Malu: Você usa esse papinho com todas, ou esse foi estudado pra ser direcionado a mim? - Falou parada na porta do quarto.

Trovão: Pô, pra tu tudo é exclusivo e único.- Ela revirou os olhos rindo e foi entrar no quarto.- Ô cara, essa parte é papo transparente.

Malu: E o que isso quer dizer? - Colocou novamente a cabeça pra fora do quarto.

Trovão: Ué, que não tem nem como comparar elas com você. Nenhuma chega nem na metade do teu nível, safada.- Pisquei pra ela.- Só tô esperando tu me dar uma moral pra casar.

Malu: A última parte foi brincadeira, né? - Eu soltei uma risada e levantei as mãos em rendição.

Maria parou de sorrir e ficou me encarando com uma cara que nem eu sabia entender, só encarei ela de volta e ela revirou os olhos fechando a porta. Fiquei ali tranquilão no celular e depois ela apareceu com a roupa do trabalho, fez maior bagulho pra gente comer e eu saí da casa com ela.

Malu: Não prefere ficar e pedir pra um dos meninos te levar? - Falou antes de fechar o portão.

Trovão: Tá suave.- Ela fechou o portão.

Fui com ela falando da vida dos outros até a porta da minha casa, que ela fez maior questão de ir até lá. Eu ainda neguei mas a garota não escuta ninguém, e segundo ela ainda tava cedo pra ela ir pro trabalho. Quando eu cheguei, abrir o portão e beijei a cabeça dela, entrei mancando e pelo menos não tinha ninguém na sala.

Subi na maior dificuldade e fui até meu quarto, tomei um banho e quando eu tava saindo do meu quarto, a Alicia abriu a porta do quarto que era meu, eu olhei pra ela e ela nem me olhou, agradeci aos céus por esse livramento e entrei no quarto do Luiz, fechei a porta e fui deitar com o menor.

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