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O sangue e o homem tinham sumido enquanto voltávamos pelo corredor, graças a Deus.

Eu não tinha certeza do que eu faria se tivéssemos que passar por toda aquela cena de novo, embora eu não conseguisse parar de pensar sobre o que tinha sido feito com ele.

Meu estômago revirou com o pensamento.

A mão de Ret serpenteou em volta da minha cintura, me fazendo pular. Eu nem tinha percebido que estava tão perdida em minha linha de pensamento até que me concentrei novamente à nossa frente e percebi que estávamos quase de volta ao salão de baile.

Eu me perguntei se tínhamos perdido o jantar. Não que eu realmente me importasse.

Eu não estava com muita vontade de comer pra ser bem sincera.

"Não é pra você sair do meu lado, escutou?" Ret sussurrou, os dedos apertando meu quadril.

Por mais que eu quisesse sumir de perto dele, eu tinha noção de que ficar longe dele aqui não ia ser uma boa idéia. Depois do meu encontro com o homem no corredor, eu não tinha certeza de que tipos de pessoas estavam aqui e definitivamente não queria acabar sozinha novamente para descobrir.

Eu odiava ser tão dependente aqui, mas concordei, sabendo que não tenho outra opção.

O salão de baile estava com conversas altas assim que nos aproximamos. A música tocava suavemente ao fundo enquanto as pessoas falavam e comiam. Parecia que o jantar havia sido servido há algum tempo, considerando que a maioria dos pratos de todos estavam quase vazios.

Ret me passou pelo labirinto de mesas, ignorando todos que tentavam conversar ou cumprimentar ele, apenas para parar na frente de uma mesa no canto mais distante.

Marcela encontrou meus olhos do outro lado do salão, perguntando de longe 'Você está bem?'

Eu balancei a cabeça, dando um sorriso. Meu sangue gelou quando me virei, ficando cara a cara com os convidados da nossa mesa.

"Rosa!" Roberto falou lentamente, levantando uma taça de vinho em saudação. Ele olhou entre Ret e eu, nos analisando de corpo inteiro. "Que bom ver vocês dois, eu estava começando a me perguntar onde vocês tinham ido." Ele piscou para mim, tomando um gole de seu copo. "Para onde você fugiu, hein?"

Ret se inclinou, sua mão indo para minhas costas enquanto puxava a cadeira mais distante de Roberto. Eu odiava estar tremendo tanto enquanto me sentava.

Roberto não estava usando uma máscara, apenas um tapa-olho.

Tentei não me mexer sob seu olhar direto, notando como ele observava cuidadosamente cada movimento que Ret e eu fazíamos. Ret deslizou para o assento ao meu lado, apoiando a mão no meu joelho.

Eu não conhecia mais ninguém na mesa. Eram todos homens, e todos pareciam muito felizes.

"A comida está fria..." Roberto acenou para os pratos do outro lado da mesa. Ret estendeu a mão e arrastou um dos pratos na minha frente. Eu balancei minha cabeça, dando um sorriso forçado.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora