Filipe Ret, o tatuador e intolerável dono de um estúdio de tatuagem, conhece Luisa, uma menina teimosa e um tanto alheia, que simplesmente não entende a lógica por trás de suas atitudes desagradáveis, mas está determinada a descobrir.
Luisa percebe...
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Foi difícil manter a compostura enquanto Ret, Marcela, Orochi e eu dirigíamos para o estúdio, com dois carros de segurança seguindo atrás de nós.
Apesar de nossos respectivos atrasos, Orochi e Marcela gastando alguns minutos extras para se arrumarem, e eu tendo que limpar o rosto do Filipe das marcas de batom que eu deixei, ainda chegamos bem antes de todos – o que significa que estávamos no horário.
Marcela, fiel à sua natureza, saltou do carro com seus saltos e um vestido deslumbrante, gritando ordens para a esquerda e para a direita sobre onde a comida precisava ir, quantas taças de champanhe precisavam ser servidas e onde a segurança precisava estar posicionada para permanecer discreta.
Algumas semanas atrás, Marcela e Ret insistiram que eu elaborasse uma lista de exatamente quem viria hoje à noite e quem eu suspeitava que poderia aparecer de qualquer maneira de nossa lista de clientes, mesmo sem um convite. Com essa lista, eles tiraram fotos de identidade, selfies de mídia social e praticamente qualquer outra foto desprevenida que pudessem encontrar dessas pessoas, inserindo-as no novo sistema de segurança, onde um scanner de reconhecimento facial rastrearia discretamente todos que entrassem no estúdio e combiná-los com a lista fornecida para garantir sua validade em estar lá.
Isso me fez sentir um pouco melhor - saber que se alguém que não estava na lista, também conhecido como um dos homens de Roberto, tentasse entrar, Ret e o resto do grupo seriam notificados imediatamente, e isso seria tratado o mais rápido possível pela segurança. Embora pensando na reação que poderia causar aos meus convidados, ter que colocar o estúdio em total bloqueio para garantir sua segurança até que a "ameaça fosse eliminada" de acordo com os meninos, me deixou um pouco hesitante.
Meu objetivo era manter todos seguros, não traumatizá-los.
Mas, para minha surpresa, assim que entrei na galeria e fiquei cara a cara com minhas melhores amigas, meus nervos diminuíram. Em vez disso, fiquei sobrecarregada de euforia. Oprimida pelo sentimento de gratidão que senti olhando em volta para todas as pessoas com quem eu mais me importo, todos reunidos em uma sala, comemorando algo pelo qual eu sou tão apaixonada.
"Mais um ano incrível!" Mariana disse alegre quando nós cinco finalmente tivemos um momento a sós. Ela agarrou cada uma de nós pelo braço e nos arrastou para a sala dos fundos, deixando Marcela cuidar dos retoques finais. Ela olhou Olivia e eu diretamente nos olhos. "Estou tão orgulhosa de vocês duas."
Olivia pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos. "Orgulhe-se da Lu. Ela que faz o verdadeiro trabalho aqui."
"Tem um toque de todas nós aqui!" Eu disse de volta, sentindo meu rosto esquentar. "Vamos torcer e rezar pra dar tudo certo."
"Você tá zoando?" Carol já tinha engolido sua bebida. Ela colocou a taça na mesa coberta de tinta ao nosso lado. "No mínimo, vai ser uma questão de manter as coisas organizadas até todos chegarem. Sua arte vai voar das prateleiras do showroom em questão de minutos."
