25.

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*Isso é um update duplo, leia o capítulo 24 primeiro!*

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Ret não voltou.

Já fazem dois dias.

Na primeira noite depois que ele saiu, eu fiquei igual um zumbi.

Mal saí do sofá - não ousei tentar ir a qualquer lugar que não fosse a sala, a cozinha ou o quarto do andar de cima.

Esperei por ele por horas, imaginando se talvez ele aparecesse no meio da noite ou voltasse rápido o suficiente para que eu pudesse ir direto para o meu apartamento e não ter que dormir aqui.

Acordar na manhã seguinte ao amanhecer com baba escorrendo pelo meu rosto, uma torção no meu pescoço e no mesmo lugar do sofá que eu tinha ficado por horas na noite anterior me disse que nada disso tinha acontecido.

Consegui subir as escadas até o quarto em que fiquei na última vez que estive aqui para tomar banho, me recompor um pouco e desci para pegar um café da manhã - já planejando pegar meu carro e ir para o estúdio.

Só que esse plano foi interrompido no minuto em que tentei sair do pequeno hall do elevador.

Acho que quando Ret e eu chegamos na noite anterior, ele destrancando a garagem tinha destrancado tudo, e por isso eu consegui passar direto pela porta.

Só que ele saindo significava que tinha sido tudo trancado de volta.

Eu caminhei até a porta apenas para encontrar um pequeno alto-falante da tela que gritou comigo enquanto eu tentava sair.

"Identificação necessária."

E, claro, quando me inclinei para frente e olhei para a tela, percebi que precisava de uma porra de uma impressão digital.

Uma impressão digital de Filipe Ret, para ser exata, considerando que quando tentei escanear a minha - como a idiota que eu sou - a tela brilhou em vermelho e falou com raiva.

"Acesso negado".

Eu estava presa.

Literalmente presa.

No começo, eu me recusei a entrar em pânico.

Eu tinha acabado de respirar e voltei para dentro para me sentar naquele sofá horrível novamente para contemplar cada escolha que fiz na vida que me levou até aquele momento.

Depois da primeira hora, entrei em pânico.

Isso levou a uma série de ligações e mensagens para Ret que só ficaram sem resposta.

Eu provavelmente enviei pra ele cerca de 30 mensagens - ele nem visualizou.

Depois da quarta ou quinta hora, me forcei a pensar racionalmente.

Eu fiz comida, remarquei algumas exibições de arte que eu tinha planejado no estúdio, mandei uma mensagem para Carol dizendo que eu precisava dela para alimentar a Taylor - feliz por essas fechaduras agora terem uma senha, então ela poderia entrar só com a senha que mandei pra ela.

Ret ainda não tinha respondido quando eu adormeci pela segunda noite consecutiva em seu maldito sofá, preocupada que ele estivesse morto em algum lugar e eu ficaria presa na sua casa para sempre.

A essa altura, eu estava completamente exausta.

Exausta por deixar minha mente correr solta, exausta com toda essa situação, exausta por ele ainda não ter me respondido, mas eu não conseguia nem continuar tentando entrar em contato com ele porque meu celular estava quase sem bateria.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora