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Os olhos de Marcela se fixaram na porta depois que Ret tinha passado por ela, desaparecendo segundos depois. Ela sem palavras franziu suas sobrancelhas, Marcela finalmente desviou seu olhar de volta para o meu, um olhar de confusão tomou conta de suas feições.

"O quê foi?" Eu murmurei.

Sua boca se abriu e por um momento parecia que ela ia dizer alguma coisa até que ela pareceu decidir não no último segundo.

"Nada." Ela balançou a cabeça, brincando com a ponta de seu rabo de cavalo. "Quer andar um pouco?"

"Claro" Eu concordei baixinho, gesticulando para ela liderar o caminho.

Estava nublado hoje. As calçadas estavam úmidas e escurecidas, ainda se recuperando da chuva que caiu apenas algumas horas antes e eu deixei minha jaqueta dentro da minha mochila que provavelmente ainda estava no ombro de Ret. Felizmente, eu não tinha trocado minha blusa de manga comprida e apesar do calafrio inicial que passou por mim enquanto demos os primeiros passos em silêncio. Eu não estava com frio, só... cansada.

Já me arrependi de ter concordado em falar com Marcela quando eu mal estava com energia suficiente para lidar com Ret hoje.

"Eu sei que você provavelmente não quer falar comigo," Marcela quebrou o silêncio suavemente alguns minutos adiante. Ela manteve alguns metros de distância entre nós, obviamente cautelosa para se aproximar. "E que eu não deveria continuar tentando te convencer quando você não respondeu minhas mensagens."

"Eu ia responder." Eu respondi honestamente, brincando com a bainha da minha blusa e mantendo meu olhar baixo. "Eu só estava... muito ocupada - e mentalmente esgotada."

"Certo..." Marcela parou, torcendo as mãos. Mais alguns segundos de silêncio se passaram antes que ela subitamente estendesse a mão, gentilmente desacelerando nós duas até pararmos em frente a uma pequena livraria. Nós nos encaramos por um instante, Marcela ansiosamente mordendo o lábio inferior, seu rosto um pouco rosado pelo vento.

"Me desculpa" Ela desabafou, balançando a cabeça um pouco. "Me desculpa, Luisa. Eu sei que isso não significa nada neste momento e você provavelmente não acredita em mim, mas-"

"Eu acredito em você!" Eu interrompi, inclinando minha cabeça para o lado.

As sobrancelhas de Marcela se contraíram novamente. "Acredita mesmo?"

"Você não teria se dado a todo esse trabalho para falar comigo se não estivesse arrependia" Eu disse baixinho, encolhendo um ombro e empurrando meu queixo em direção a um banco a alguns metros de distância. "Vamos sentar."

Ela me seguiu com os pés nervosos, certificando-se de manter alguns centímetros entre nós enquanto nos sentávamos. Sua perna saltou ansiosamente, e ela entrelaçou os dedos, apoiando-os no joelho para se manter imóvel. A linguagem corporal de Marcela sozinha me mostrou o quão chateada e tensa ela estava.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora