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foi muito difícil escrever esse capítulo -chorei no processo- então peço que você não esqueça de favoritar e comentar muito, ok? a gata aqui emotiva!

prepare seu coraçãozinho, e pegue uma água, você vai precisar!

boa leitura <3

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O carro de Ret estava estacionado um pouco mais longe que o de Marcela.

De alguma forma, nós dois conseguimos sair, através da multidão e subir as escadas.

Talvez houvesse algumas pessoas puxando o braço de Ret, tentando fazer ele ficar e conversar com ele.

Talvez tivéssemos passado a mesa com o resto dos meninos.

Roberto poderia até ter tentado falar com nós dois.

Uma vaga lembrança roeu no fundo da minha mente de um homem de terno vermelho tentando nos dizer que o evento não havia acabado, que eles estavam se preparando para a segunda luta, apenas para Ret empurrá-lo com tanta força no peito que ele caiu para trás.

Eu não conseguia me lembrar com certeza.

Tudo isso era um borrão.

Estava tudo embaçado até que estávamos na rua novamente, o ar úmido da noite me atingindo com força - me trazendo de volta ao momento presente e fazendo eu parar por alguns minutos, me agachando para tentar me manter em pé e ao mesmo tempo não vomitar de nervoso.

Ret não tinha comentários sarcásticos ou negativos para fazer quando eu fiz isso. Em vez disso, ele apenas ficou ao meu lado esperando até que eu conseguisse me recompor e, em seguida, optou por não dizer nada quando consegui me endireitar de volta, seguindo ele na direção de seu carro.

A única conversa que aconteceu entre nós dois enquanto caminhávamos pela calçada foi Ret murmurando: "Não é bom você andar descalça, você vai machucar seus pés" quando eu finalmente desisti de tentar andar nos meus saltos e peguei os dois pelas tiras na minha mão.

Eu não respondi, apenas os deixei pendurados ao meu lado e não fiz nenhum movimento para colocá-los de volta.

Ele simplesmente deu um pequeno suspiro e balançou a cabeça.

Foi a última coisa que ele disse antes de nós dois entrarmos silenciosamente em seu carro um ao lado do outro.

A escuridão, o pequeno espaço, foi o suficiente para me deixar louca.

Me senti no limite mais uma vez.

"Você pode me levar para casa se quiser" Eu disse baixinho uma vez que saímos para a rua, alisando minhas mãos tremulas sobre minha coxa. "Eu estou melhor agora."

Os olhos de Ret permaneceram à frente na estrada.

Sua mão estava apoiada em sua coxa e ele continuou correndo o polegar para frente e para trás sobre sua perna.

"Eu acho que você está em choque."

"Eu não estou." Eu disse rapidamente. Talvez rápido demais. Ret me lançou um olhar indiferente. "É sério, eu não-"

"Você ainda não processou tudo isso." Sua resposta foi lenta, quase calculada. Como se ele estivesse preocupado em como seu tom de voz iria me atingir.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora