54.

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"Puta que pariu!"

Meus olhos ardiam de quão arregalados eles estavam olhando para a tela do meu celular.

"Merda, merda, merda!"

Isso não é real. Não tem como isso ser real. Isso tem que ser uma brincadeira de mau gosto.

Exceto que, quando eu abri local anexo compartilhado na mensagem com as mãos trêmulas, nada sobre o que eu vi confirmou que era uma brincadeira.

Era o mesmo lugar que eu conheci Roberto.

Naquele armazém isolado e no meio do nada que eu tinha ido com o Ret.

Eu pulei da cama de Ret, apressadamente indo até seu armário, onde tirei uma calça de moletom preta e um moletom para combinar. Eu ainda estava tremendo enquanto vestia as roupas, parando apenas brevemente para me avaliar no espelho ao sair.

"Você uma louca!" Eu murmurei pra mim mesma, pegando um par de óculos escuros pretos de dentro do seu closet.

"Pensa, Luisa!" Minha voz tremeu um pouco quando me virei, examinando o quarto escuro. "Qual é o seu plano sua burra? O que você vai fazer?"

O relógio marcava 00:22 quando olhei, os números em um vermelho que só fizetqm minha ansiedade aumentar. Eu tinha 38 minutos para chegar lá se quisesse que o Ret continuasse vivo.

Meu plano, eu parecia perceber a cada segundo que passava, passou a ser inexistente.

Eu não podia chamar a Marcela, não podia dizer a ela o que estava acontecendo, sem muito provavelmente colocar sua vida em risco também. E se Roberto tinha o Ret, ele provavelmente tinha o Orochi também. O que significava que eu tinha que fazer exatamente o que ele disse se eu quisesse que os dois permanecessem vivos.

As calças de moletom que eu escolhi eram mais um obstáculo do que qualquer coisa quando eu fiz meu caminho até a mesa de cabeceira de Ret com pernas que pareciam dormentes e um pouco como uma geleia.

Abrindo a gaveta de baixo com força, vasculhei tudo, meus dedos passando agilmente sobre uma variedade de cadernos e lápis.

Quando a fechei e fui para a segunda gaveta, meu coração saltou na garganta com o que casualmente foi a primeira coisa que vi.

Para ser justa, eu estava procurando por uma arma, mas ainda me deixava um pouco nervosa saber que Ret apenas tinha uma casualmente ao seu lado enquanto dormia.

Cuidadosamente, retirei a arma e a coloquei na frente do meu moletom. Eu estava prestes a fechar a gaveta e começar a sair do quarto quando outra coisa chamou minha atenção.

O quarto ainda estava escuro, e eu mal conseguia distinguir alguns dos itens menores que Ret tinha guardado na sua mesa de cabeceira, mas eu peguei o que eu reconheci, minhas sobrancelhas se contraindo em confusão quando o tirei.

Os cigarros que comprei para ele. Ele guardou e, quando eu abri a caixa, parecia que ele não tinha feito mais do que fumar só um.

Passando a ponta do meu polegar sobre a etiqueta na frente, eu me dei um máximo de quatro segundos para me debruçar sobre minha descoberta, antes de colocar de volta na mesa de cabeceira e fechar a gaveta.

Eu me certifiquei de checar duas vezes no meu caminho para baixo se Marcela estava dormindo antes de entrar correndo na garagem.

Parte de mim se sentiu culpada quando caminhei até o último carro da coleção de Ret - um Audi R8 preto que eu esperava que me mantivesse o mais discreta possível.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora