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Acordar ao lado do Ret sempre parecia uma novidade pra mim. Especialmente essa manhã, considerando que eu estava morrendo de saudades de simplesmente estar perto dele.

E uma grande parte de mim também ficou aliviada por acordar primeiro, feliz em ver que ele estava descansando.

Nós nos sentamos juntos no sofá pelo que poderia ter sido horas ontem. Com Ret me segurando firme em seu colo, mãos trabalhando para cima e para baixo nas minhas costas enquanto ele murmurava - na gualin, obviamente - contra o meu pescoço e no meu ouvido.

Ele não queria me soltar, os braços apertando em volta da minha cintura sempre que eu tinha a ideia de me levantar para encontrar alguma coisa pra ele comer. Quase parecia terapêutico para ele finalmente se permitir abraçar alguém, ficar no conforto de outra pessoa - e eu estava mais do que feliz por ser o única pessoa fazendo isso por ele.

No momento em que fomos pra cozinha e ele finalmente comeu, já era tarde da noite, e apesar de seus quase dois dias de sono, todo o incidente da luta atingiu ele menos de uma hora depois, e foi nada menos que assustador quando ele mal tinha energia e força o suficiente para se arrastar de volta para a cama, meu coração simplesmente despedaçou quando ele parava a cada dois degraus pra respirar fundo e voltar a se apoiar em mim, criando forças para tentar subir as escadas enquanto gemia de dor.

"Semanas..." Eu me lembrei calmamente agora, virando cuidadosamente minha cabeça para olhar para o Ret. Seu braço estava em volta da minha cintura e ele estava respirando suavemente, uma perna enganchada na minha.

A cabeça de Ret balançou para o lado, e ele soltou um longo suspiro pelo nariz enquanto seu rosto se enfiava na curva do meu pescoço, o corpo pressionando muito mais perto do meu.

Eu me acalmei, tentando equilibrar o jeito que meu coração bateu rápido, consciente do fato de que ele precisava descansar o máximo possível. Meus olhos voaram para seu peito, para os hematomas e cortes que marcavam a pele lá. Orochi disse que tinha a possibilidade de ele ter quebrado algumas costelas, mas nem ele nem ninguém que o checou poderia dizer com certeza, já que ele se recusou a ir ao médico e eles não arrastariam pra um hospital de qualquer maneira quando Ret ainda estava com tanta droga no corpo dele. Ele disse que não tinha o muito que um médico pudesse fazer pra isso além de prescrever descanso e folga de atividades físicas.

De volta estava aquela necessidade avassaladora de cometer violência enquanto eu olhava para ele. O desejo ver o Roberto sofrendo muito antes de morrer.

"Você tá com aquele olhar..." Veio uma voz rouca ao meu lado.

Eu estava muito presa nos meus pensamentos pra perceber que ele tinha acordado e agora estava olhando pra mim, mordendo o lábio para suprimir um sorriso.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora