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Todo mundo tinha pedido para que ficássemos enquanto passávamos pela festa para voltar pro hotel, apesar de mal termos notado que já tínhamos saído por quase uma hora, isolados no banheiro do andar de baixo juntos.

"Podemos ficar se você quiser," Ret falou primeiro. Ele estava a alguns metros de distância, com as mãos enfiadas nos bolsos. Eu não tinha conseguido ler como ele estava se sentindo desde que saímos. Sim, ele parecia de bom humor, mas a maior parte disso se dissipou quando passamos pela multidão de pessoas. "Se você quiser ficar na festa." Ele limpou a garganta. "Dá pra ficar mais um pouco."

Minhas sobrancelhas se contraíram, e eu olhei para ele. "Você quer ficar?"

"Pra ser sincero não." Ele deu de ombros, chutando uma pedra sob seu pé. "Mas se você quer-"

"Eu não quero!" Eu respondi honestamente. "Sério. Eu quero voltar pro hotel."

Ret ficou em silêncio por um momento prolongado. Ele assobiou por entre os dentes e olhou para o céu. Finalmente, ele perguntou: "Você ainda tá brava comigo?"

"Eu nem estava brava com você..." Meu tom foi um pouco mais suave do que pretendia. "Eu só fiquei irritada por você mandar eu não sair, mas eu entendo seu lado."

"Eu só tava preocupado," Ret pigarreou novamente. Quando olhei para baixo de onde estava olhando para o céu, ele estava olhando pra mim. "Eu sempre me preocupo com você, e não sou acostumado a lidar com essas situações."

"Eu sei que você se preocupa," eu descruzei meus braços e estendi a mão em direção a ele. "Eu me preocupo com você também, por isso que não queria que você saísse." Meus dedos esticados ficaram frouxos no ar por alguns segundos, segundos em que Ret os examinou quase um pouco nervoso, antes de tirar suas próprias mãos dos bolsos. Ele agarrou minha mão e entrelaçou nossos dedos, seu comportamento relaxando. Seu polegar estava deslizando para frente e para trás sobre a minha pele, nosso ritmo preguiçoso em direção da entrada do hotel recomeçando, enquanto eu murmurava com uma risada, "Sabe, depois do que você fez lá na festa, acho que o mínimo que você deveria fazer é me carregar lá pra cima."

"Você acha?" Ret virou a cabeça, meu coração batendo mais algumas batidas extras de alívio ao ver que ele estava sorrindo novamente. "Você sabe que não vejo problema nenhum em te carregar por aí-" sua mão escorregou da minha, alcançando em vez disso para cobrir minha cintura quando ele de repente se abaixou e praticamente me jogou por cima do ombro "-e já que você insiste!"

"Minha bunda!" é o que eu me encontrei gritando, tentando me equilibrar com uma mão enquanto a outra voltava para a bainha do meu vestido. "Filipe, pelo amor de Deus, eu tô usando vestido!"

Ele riu todo o caminho de volta, me ignorando completamente, e não me colocou no chão até que estávamos de volta dentro do hotel, na porta do elevador. Eu tropecei no começo tentando recuperar o equilíbrio, mas suas mãos nunca deixaram minha cintura, rosto corado e olhos nos meus.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora