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Este capítulo contém menções à violência (algumas em referência às crianças - as lutas) e abuso/dependência de drogas. Eu não postei um resumo do capítulo porque é um pouco grande e eu quero publicar logo, mas se vocês quiserem eu posso fazer :)


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"Ret..." Eu murmurei, a voz rouca das últimas horas de sono. Não surpreendentemente, não recebi nada em resposta. "Ret!" eu meio que gemi um pouco mais alto, tentando me contorcer para encarar ele. "Acorda!"

Seu celular estava tocando há quase uma hora, algo que ele parecia não ter notado em todas as vezes que ligaram. Seus braços estavam em volta de mim com força, o peito pressionado firmemente contra minhas costas.

Com cada pedido para ele se levantar e responder, ele apenas me abraçou mais apertado e aninhou seu rosto mais fundo na curva do meu pescoço.

"Filipe!" Eu tentei mais uma vez me virar pra ele. "Acorda-"

"O quê foi?" ele gemeu baixinho, o som emanando do fundo de sua garganta. Sua boca pressionou contra meu ombro, trilhando um caminho até minha mandíbula, onde ele murmurou. "Fica quieta. Volta a dormir."

"Mas o seu celular tá tocando!"

Ret respirou fundo, aparentemente tentando acordar antes que seu aperto em mim afrouxasse. "Meu celular?" ele questionou, ainda parecendo meio adormecido, sua voz rouca. Com um braço ainda em volta da minha cintura, ele rolou de costas e alcançou o celular que tinha acabado de ficar em silêncio alguns segundos antes. "Faz quanto tempo que tá tocando?"

"Deve fazer uma hora já" eu murmurei, virando de lado e tentando me levantar em um único cotovelo. A mão de Ret se fechou sobre meu quadril e ele me puxou de volta para baixo. "Cara-"

"Shh" ele sussurrou, o canto de sua boca se curvando em um sorriso enquanto ele rolava pelo celular.

Seus dedos começaram a traçar círculos na pele da minha cintura sem pensar enquanto ele me puxava contra ele, clicando em alguma coisa na tela e segurando o celular em seu ouvido.

Com um rolar de meus olhos, eu apenas me acomodei ao lado dele, tentando acalmar as borboletas no meu estômago que explodiram quando ele enganchou uma única perna sobre a minha - me puxando ainda mais perto, até que estávamos praticamente presos um no outro. Ele virou de lado agora e estava olhando pra mim enquanto ligava pra alguém, sua mão deslizou da minha cintura para logo abaixo dos meus ombros, onde ele estava brincando com alguns fios do meu cabelo.

TAÇAS PRO AR | FILIPE RETOnde histórias criam vida. Descubra agora