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Eu odiava o circuito de Jeddah com todas as minhas forças

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Eu odiava o circuito de Jeddah com todas as minhas forças. Ano passado, acompanhando o Gasly, quase tive um ataque cardíaco, esse ano, por outras centenas de motivos, o odiava mais ainda.

Primeiro que esse país era meio maluco. Eu respeitava as normas deles —— e devo acrescentar que aquela boate ontem tinha sido um achado e tanto num país que se diz tão conservador —— mas preferia que o circuito fosse simplesmente excluído do campeonato.

Alguns ataques terroristas aconteceram a cerca de 12km do circuito, ainda no primeiro treino e agora, prestes a começar o segundo as coisas estavam tensas.

—Acho uma merda esse treino acontecer — Camila, a engenheira e namorada do Lewis falou.

—Eu também. Na verdade acho uma merda esse circuito existir. Sou traumatizada desde o ano passado — Falei, me arrependendo assim que finalizei a frase.

Ano passado Lewis Hamilton sofreu um acidente exatamente nessa pista, esse acidente tinha sido provocado por um pequeno choque entre ele o o Verstappen. Exatamente os dois pilotos que nós representávamos. Camila apertou os lábios.

—Desculpa, deve estar sendo horroroso pra você — Comentei, tentando amenizar o estrago que eu mesma fiz.

—Tudo bem. Pelo menos o Bono tá de volta e eu não vou precisar falar com ele pelo rádio, ou não sei o que aconteceria — Soltou um suspiro e passou a mão no rosto — Olha só, estão saindo.

Eu virei para onde ela estava olhando a tempo de ver a maioria dos pilotos saindo da sala de reuniões. Lewis parou e deu um beijinho na Camila, Verstappen passou por mim como um raio, sem nem olhar na minha cara.

—A corrida vai acontecer — Lewis praguejou — Todo mundo sabe que isso aqui é uma grande palhaçada. O que importa é sempre o dinheiro — Escutei ele falar.

—Isso é sério? — A Camila perguntou, passando a mão no rosto.

Não quis atrapalhar o momento dos dois e girei sob os calcanhares, caminhando até a garagem da Red Bull mais uma vez.

—Seu pai tá aí — Escutei Horner falar pata Max quando me aproximei.

—É, eu sei — Max murmurou.

—Tudo bem entre vocês? Sabe que eu posso pedir educadamente pra ele sair — Horner perguntou.

Não pude deixar de perceber o quanto Max parecia tenso enquanto levava a mão até a nuca.

—Tanto faz — Murmurou, virando e olhando pra mim de lado.

A maior merda que fiz até agora foi colocar o nome do pai dele na Internet. O cara era um cuzão. Passagens na polícia por agressão a ex mulher, quase atropelou uma ex namorada, briga em bares...

E só foi falar só abençoado pra ele entrar na garagem.

A voz dele era grossa e grave, pra combinar com a pose de macho alfa que ele tentava emanar. Eu ergui uma sobrancelha quando percebi que o Max se enfiou na minha frente antes que o dito cujo me visse.

𝐁𝐀𝐃 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 • 𝐌𝐀𝐗 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐓𝐀𝐏𝐏𝐄𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora