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Jos Verstappen era a última pessoa no mundo que eu gostaria de ver agora e ele ficou lá, parado me olhando, esperando que eu o respondesse

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Jos Verstappen era a última pessoa no mundo que eu gostaria de ver agora e ele ficou lá, parado me olhando, esperando que eu o respondesse.

Eu nem inventei de abrir minha boca, porque provavelmente o mandaria embora e a casa não era minha pra eu poder fazer isso.

—Pai? — Max apareceu atrás de mim — Achei que não viesse até a Holanda.

—Foi um Grand Chelem, eu não poderia deixar de vir te parabenizar — Jos falou, o semblante sério enquanto desviava o olhar do filho para mim — Não sabia que teria companhia.

—Eu poderia apresentá-los, mas acho que não é preciso — Max falou, soando sério também — Entra, estávamos preparando o jantar.

Eu quase não sai da frente dele, se Max não tivesse me dado um puxãozinho estaria lá até agora.

—Eu não quero... Atrapalhar. Só pensei que poderia passar aqui e dar um oi, já que foi uma grande corrida — O homem falou, limpando a garganta.

Eu dei uma olhadinha de lado para o Max, tentando encontrar alguma pista em seu comportamento. Ele parecia feliz por ver o pai, então acabei dando meu braço a torcer.

—Fica — Me ouvi falar — Eu não sou a melhor cozinheira do mundo, mas...

—Claro — Jos respondeu, desviando o olhar de mim para o filho.

Dei minha participação na conversa como encerrada e saí de fininho para a cozinha, só que... Eles falavam alto, né? Acabei escutando toda a conversa.

—Eu não falei pra você se livrar dela? — Escutei Jos falar.

—Eu não vou me livrar dela — Max frisou.

—Isso é sério? — Uma pausa — Desde quando isso está acontecendo?

—Isso importa? — Ele resmungou de volta — Não quero que fique tratando ela mal, é para tratá-la com respeito.

Silêncio. Um silêncio absurdamente inquietante pra mim.

Jos mudou de assunto em seguida.

Eu foquei em fazer o jantar porque olha, se fosse parar pra pensar naquela conversa agora, provavelmente meus miolos iam fritar.

Max veio me ajudar a colocar a mesa porque eu não sabia onde estava nada, ele não parava de rir porque sou baixinha e não alcanço quase nada em seu armário, então fico vendo ele fazer as coisas praticamente sozinho.

O pai nos assiste sentado na mesa em completo silêncio, chega a ser constrangedor saber que tem alguém nos observando tanto assim.

—Devia ter me contado que era amigo do pai dela — Max comentou enquanto colocava um dos garfos sobre a mesa.

—Não achei relevante — O homem respondeu — Embora tenha reconhecido o rosto dele nela.

—Tem fotos nossas juntos quando crianças — Ele soltou uma risada, caminhando até o armário e tirando três taças de lá.

𝐁𝐀𝐃 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 • 𝐌𝐀𝐗 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐓𝐀𝐏𝐏𝐄𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora