P. 031

13.8K 1K 525
                                    

Alguém bateu na porta do meu quarto de hotel uma vez

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alguém bateu na porta do meu quarto de hotel uma vez.

Max resmungou do meu lado, cobrindo a cabeça com o edredom e deixando minhas pernas pra fora do mesmo. Eu me remexi, tentando encontrar um pouco mais de calor no corpo dele. Dava pra escutar o vento cortando tudo do lado de fora, o frio absurdo não me deixou levantar pra conferir quem era à porta.

Bateram de novo.

—Vai lá ver quem é — Resmunguei pro Max.

—Nãooo — Resmungou arrastado, apertando o corpo contra o meu — Seja quem for vai embora daqui a pouco.

—Cecília! — Alguém me gritou.

Era a voz da Camila. Eu choraminguei, me afastando do Max e me obrigando a sair debaixo do edredom.

Se a lei Maria da moda me parasse agora, eu seria facilmente presa em flagrante. A roupa era todinha do Max, até a calça de moletom laranja. Era três vezes maiores que eu, mas era tão quentinhas que nem liguei quando ele ficou rindo da minha cara ontem a noite.

Caminhei só com um dos olhos abertos até a porta, passando o cartão no leitor e abrindo uma brechinha pra encarar a Camila.

—Me diz que você tá sozinha nesse quarto. Por favor — Ela disse juntando as duas mãos em frente ao corpo, como se estivesse pedindo misericórdia.

—Ahn... — Pensei no que falar, ninguém além do Horner sabia que agora a gente só pedia um quarto nos hotéis — Sozinha sozinha eu não tô não.

—Droga, o Max tá aí, né? — Camila soltou um gemido — Ele tá pelado?

—Que?! — Quase gritei, despertando de vez — Num frio desses? Só se ele fosse louco.

—Por isso mesmo que eu perguntei— Ela soltou uma risada, mas pareceu nervosa — Posso entrar?

—O que você tá fazendo fora da cama uma hora dessas, mulher? Tá um frio do caralho. Cadê o Lewis? — Perguntei pra ela.

—O Lewis tem o sono mais pesado do mundo e eu precisei sair logo cedo porque... Bem... — Limpou a garganta e tirou as mãos que estavam atrás das costas, abrindo uma sacolinha de farmácia pra me mostrar o que tinha dentro.

—Nãooooo — Exclamei, perplexa.

—Simmm — Ela exclamou também, fazendo biquinho.

—Você já fez? — Quis saber, tirando o olhar de dentro da sacola para encará-la mais uma vez.

—Não tive coragem de fazer sozinha e é véspera de corrida importante, não queria deixar o Lewis todo nervoso — Passou a mão na testa, um gesto que claramente adquiriu com o tempo passado com o namorado, era igualzinho ao gesto que ele fazia quando estava nervoso — Será que se eu fizer aqui o Max vai reclamar ou contar alguma coisa pra ele? — Perguntou mordendo o lábio.

𝐁𝐀𝐃 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 • 𝐌𝐀𝐗 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐓𝐀𝐏𝐏𝐄𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora