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Porque a Bélgica era tão longe do Japão? Quinze horas e cinquenta minutos de voo era sacanagem e outra

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Porque a Bélgica era tão longe do Japão? Quinze horas e cinquenta minutos de voo era sacanagem e outra...

Deus tinha um senso de humor daqueles.

Primeiro que quando eu odiava o Max, ele sempre me colocava pra sentar do ladinho dele nos voos, agora que as coisas andam menos estranhas, nem sei onde ele está sentado.

Qualé, eu só queria usar o colo dele pra disfarçar meu medo ou jogar "eu nunca" com aquelas gomas horrorosas de novo.

Agora tô sentada do lado de uma senhora, ela está carregando a neta que não para de chorar no colo. Não aguento mais.

Espero o aviso de que os cintos de segurança podem ser desafivelados para poder me levantar e caminhar até o banheiro.

Estava quase fechando a porta quando um pé me impediu, levantei o olhar para encarar Verstappen.

Ele abriu a porta do banheiro, deu uma olhada ao redor e não pediu permissão pra entrar, só entrou, fechando a porta atrás de si.

O espaço era pequeno demais, o corpo dele ficou perto demais e ele estava cheiroso demais.

Na minha lista de pós e contras eu tinha esquecido de acrescentar que simplesmente esquecia de tudo quando estava com ele.

E daí que estamos dentro do banheiro de uma aeronave? Puff, eu não estava nem aí. E daí que a gente não se falava desde ontem depois da corrida? Não tinha problema.

—Eu vou te beijar agora — Ele avisou, uma de suas mãos pousando em minha bochecha — E não tenho pretensão de parar, então se você não quiser, é bom pedir pra mim sair agora.

—Isso é pergunta que se faça? — Perguntei, um sorrisinho escapando dos meus lábios.

Ele revirou os olhos, não me respondeu, mas me beijou.

Ainda não estava acostumada com a maneira que ele me beijava, como se quisesse arrancar uma parte de mim. Não eram beijos calmos, eram beijos fortes demais.

Dois minutos depois eu estava sem a calça e sem a calcinha, seus dedos estavam sambando em minha pele enquanto sua língua deixava um rastro quente do meu maxilar até a regata apertada que eu estava usando. Soltei um gemido quando ele ergueu a regata e segurou um dos bicos do meu peito entre seus dentes.

—Shiu — Me olhou, um sorrisinho sacana nos lábios — A gente não quer que ninguém descubra o que estamos fazendo, não é? — Fez a mesma coisa com o bico do meu outro seio, me olhando e então se afastou, abrindo o zíper da própria calça.

Certo. Silêncio.

Era meio difícil fazer isso se levar em consideração a adrenalina do momento. As aeromoças estavam sentadas aqui perto e tenho quase certeza que dava pra ouvir tudo da cabine de voo, mas ninguém estava nos vendo e isso era o suficiente pra me fazer criar coragem e virar de costas quando ele me sussurrou algumas palavras desconexas.

𝐁𝐀𝐃 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 • 𝐌𝐀𝐗 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐓𝐀𝐏𝐏𝐄𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora