Capítulo 09

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Quarta-feira às 10:27 na Floricultura Sunflower, Worstate (Canadá)

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Quarta-feira às 10:27 na Floricultura Sunflower, Worstate (Canadá).

Acordamos com nossos corações em luto. Há exatamente sete dias, perdemos mais duas pessoas, e isso intimamente me afeta. Eram meus pais, morreram enquanto eu estava supondo que seria a data mais jovial de toda minha existência.

Interromper o anterior presságio apenas progrediu para algo pior. Quando meus olhos se depararam com o sol, era mais uma corroboracão do fatídico acontecimento. As mutáveis cicatrizes se tornam invisíveis, mas a fissura extremamente exposta no meu interior, não adormece horas o suficiente. O repouso que compactue com o atual estado emocional.

A vertiginosa alvorada veio acompanha de um saciável café da manhã, com direito à geleia de morangos e pães banhados a chocolate amargo. A maravilhada iguaria ornamentada por minha tia e deixada exposta sobre a mesa de vidro, não será capaz de abrir meu cérele apetite. A condecoração das minhas emoções se recarregam com tal infame dolosa.

Nenhuma decorrência teria mudado o trajeto. Alex permaneceu em seu quarto, trancafiado pela porta branca e quase imóvel. Não o vi descer pela escada esférica ou apreciar o café da manhã.

Quando meus olhos se abriram, Carly já teria deixado os aposentos da residência. Fez apenas um dia que ela retornou para sua floricultura, e a companhia das suas flores. Seus fios loiros de coloração tão intensa quanto os girassóis. Ela sempre teve habilidade com flores e terá sido responsável pelas presentes pétalas no velório da sua irmã.

Recobrando meus sentimentos na fervorosa manhã, não almejo ficar em meu quarto. Observar o passadiço no estreito bairro é tão solitário, e anseia ainda mais o despertar das rebeldes lágrimas. Me ergui, fazendo mais uma vez minha higiene matinal. Não tenho ânimo para tal escolha de trajes, haverá dias quais não me importo com tal imbecilidade humana, até que eu retorne com tal ação negada.

Arrumei meus cabelos para os lados, deixando cair sobre meu lastimoso rosto. Me olhando no espelho, não consigo vislumbrar aquele garoto, o brilho contido em seu mero admirar. Ainda estava conhecendo o mundo e hoje apenas me vejo em como sobreviver nele. As folhas ainda estavam sobre o criado-mudo, nada dominaria minha mente, e com isso as temerosas mãos não estão prontas para ilustrar nada, até que crie uma forma. O rosto de alguém ou qualquer coisa que faça meu coração se sentir vivo mais uma vez.

Empenhado a deixar os rastros da cena do acidente para trás na imersiva data, peguei a bike de Alex e sai sem uma direção exata. Em movimento, tive vontade de fazer uma breve visita à floricultura da minha tia, estarmos juntos hoje será essencial para o apoio emocional que precisamos. Subi no transporte de duas rodas e fui brevemente a sua visionária coleção de rosas, as mais fantásticas embora jamais tenha me anexado nessa natural instalação. Sei o quanto de amor e talento exalam do seu inerente cuidado.

E assim, terá cessado meu pensamento ao vislumbrar o belíssimo outdoor à frente do seu estabelecimento. Algumas pessoas já estavam de saída com seus belíssimos buquês presos em suas bicicletas tons de rosas. As mulheres se sentem mais atraídas por tal atividade, sinto-me uma ovelha negra e desordenada em meio a igualitária cor.

Até Que O Dia Termine - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora