A vida pode ser boa ou magicamente trágica, apenas precisamos saber quem seremos até que o dia termine.
Após a crise da AIDS ter causado inúmeras mortes e diante da falta de informações sobre um tratamento eficaz, o amor se tornou a cura mais acessí...
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Sábado às 14:45 No Hospital Central, Worstate (Canadá).
Mais um dia nasceu, porém nem todos se mantêm vivos ou acordados, restando somente os sobreviventes de uma grande tormenta.
Mesmo com a intensidade do sol, sinto uma noite interminável pairando sobre nós, rastreando algo forte o suficiente para nos guiar e encontrar de volta quem amamos.
As horas passaram e ainda estamos esperando quem amamos. Sentando no banco da recepção, meu coração continua desolado, as lágrimas persistem perante tal cenário, prefiro não resistir a dor, ao intermitente vazio.
É árduo expectar todas as emoções, permitir que o silêncio retorne ao seu habitual lugar, e não ser forte o suficiente para fugir, se esconder e respirar tranquilamente após os últimos dias.
Antes de retornar a Worstate, não imaginava que o hospital seria meu segundo lar, estava preparado para boas emoções, o amor fluindo permanentemente em mim, o fluente ar navegando por mim, estava somente almejando voar pelas nuvens, navegar pela imensidão do universo e guiado por um único amor.
Mas não aconteceu, o passado de Jake surgiu como um vendaval, além de trazer alguém do seu passado, sem julgar suas ações anteriores, existia uma quantidade significativa em Haley, sinto muito por sua eterna partida.
Inerte nos meus pensamentos, admiro o anel que recebi de Jake na praia, se eu tivesse uma lista dos meus momentos favoritos, ele ocuparia boa parte das posições. Admirando o objeto que nos une mesmo com a distância, elevo minha mão e beijo a singela representação do nosso amor. É tão brilhante, inspirando no mar que tem um significado para ambos.
Tento alcançá-lo com meus pensamentos, deixar meu corpo fugir e navegar pelos céus, mostrar o caminho de volta. Provavelmente Jake deve retornar amanhã, e sinto-me ansioso por sua volta, o seu terno abraço que acalma cada parte minha.
A rotina continua, a vida para a maioria das pessoas é a mesma. Pessoas continuam se acidentando, doenças assolam a vida das pessoas, e outras coisas que fazem as pessoas irem até o hospital, o mundo seria tão melhor sem essas enfermidades que afeta a quem amamos.
Tento acalmar meus pensamentos, desacelerar os batimentos do meu coração, mas a ansiedade para ver Alex não me deixa repousar por nenhum instante. Não tivemos nenhuma atualização ainda sobre o seu caso, mas as visitas foram permitidas por poucos minutos e uma única pessoa por vez na sala.
Ele ainda está em observação, e como os médicos sem dizem, seu caso é bastante grave, mas estável. Com meu corpo plácido, reponho todo meu ar enquanto espero Carly retornar, ele foi a primeira pessoa liberada para visitas e ela merece tanto tê-lo por perto.
Me sinto inquieto por alguns instantes, respiração fica compassada e me perco novamente em minhas emoções, o frágil imaginário, até que alguém me traz de volta a realidade:
