Capítulo 19

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Terça-feira às 00:59 no Hotel San Lake, Worstate (Canadá)

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Terça-feira às 00:59 no Hotel San Lake, Worstate (Canadá).

Nenhum algoritmo é capaz de decifrar o que temos, ultrapassa todas as leis da escrita, rompe qualquer linguagem humanamente identificada e nomeada. Somente nós podemos dizer o que realmente ocorre, desintegrando qualquer invenção meramente codificada.

Não conseguiria acompanhar as espessas linhas, que dividem o seu anônimo físico ou calcular toda a estrutura que compõe seus belos lábios. Meus olhos se abriram e ele foi o ímã que seduziu minha confusa visão.

Ele me encontrou mais uma vez. É hilário ao se traçar com o recém impacto, me faz sentir todo o clima, ambiente, além da gravidade me atraindo novamente para este mundo. O oxigênio, tecidos, pessoas, tudo faz sentido quando ele está intimamente próximo. Embora sinta meu coração pulsar, é a primeira vez que o vejo verdadeiramente com vida.

Miragens flutuam em meu conturbado pensamento, é tudo tão confuso. Não reconheço as tonalidades dessas paredes, muito menos, o abajur que está inserido adjacente a cama.

Admirando o teto, sinto uma espaçosa dor centralizada na minha cabeça. Fecho meus olhos na esperança que a dor se dissipe com a escuridão. O devaneio não permitiu que eu notasse um tecido umedecido sobre a região superior do meu lesionado crânio.

Não fiz nenhum movimento brusco. Numa posição alinhada, inspecionei todo o cômodo. Não saberia identificar em qual local estou. Em alguns instantes, a minha fantasiosa imaginação considerou até mesmo, um sequestro relâmpago.

Faz alguns minutos que despertei, ele não notou quando meus olhos se abriram para o mundo novamente. Ele estava sentando numa cadeira próxima a minha cama. Quando acordei, ele estava dormindo, decidi manter-me aparentemente adormecido. Não considerei nenhuma ideia, apenas não me sentia preparado para vê-lo.

Minutos anteriores, ele transitou para outro cômodo e agora estou sozinho. Respiro fundo, solto alguns sons, reagindo a iminente dor que sinto. Lembro-me de quando notei Nate Prescott no meu encalço, haveria percebido que seria apenas uma armadilha de todas suas coléricas ações.

Ergo meu braço direito e levo até minha cabeça. O pano ainda está úmido, toco levemente sobre a região lesioanda, novamente outra reação a área.

Retiro minha mão a posicionando perante meus olhos. Noto alguns traços de sangue embora sutis. Não saberia dizer o quanto sangrei, até que tenha sido salvo por uma pura alma, não sendo a primeira vez de tal ato honesto.

Antes que meus olhos se apagassem, esperei todas as circunstâncias possíveis, como a minha prematura morte. Será que eu veria meus pais novamente? Ou iria para um lugar separado das demais almas, como alguns religiosos intensificam. Qual seria exatamente o meu pecado? amar alguém seria o suficiente para eu ser condenado ao sofrimento eterno. A maciça escuridão que consumiria minha alma para toda a eternidade, além das intensas chamas que não permitiriam que eu enxergasse pelo demasiado sofrimento sem fim.

Até Que O Dia Termine - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora