Capítulo 15

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Sábado às 16:57 em New Island Beach, Worstate (Canadá)

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Sábado às 16:57 em New Island Beach, Worstate (Canadá).

Posso ver seu rosto através das ondas, mesmo que o semblante tenha sido escondido pela noturna escuridão. As águas mostram o seu mais íntimo para mim. Estava de volta a origem, onde o vi pela primeira vez. Queria ter a oportunidade de sequenciar mais uma vez a admirável cena que seus olhos reproduzem.

Assentando sobre os grãos de areias. Cassie teria razão, poucos turistas ou curiosos prestigiam esta beleza natural. Seus olhares se reprimem, estigando a perceptível dor. Uma melancólica canção, ressoa no meu imaginário, mesmo esquivando-me, faz parte de mim. Conviver com a perda, corriqueiramente é doloso, corrói e deixa mais notório a dor. O momento da discussão. As coisas que eles disseram antes do acidente, não posso esquecer isso. Era um momento tão importante, algo lindo que me libertaria para o mundo.

Sempre vivi escondido nas sombras, enquanto às pessoas consideradas normais, se amam livremente e perante a todos, sem perigos de retaliações, por leis ou qualquer coisa que infrinja a ética moral e abstrata dos representantes da boa índole e convivência familiar. Quantas vezes meu coração poderia se partir, dói tanto. Me sinto culpado todas às vezes que me lembro daquele dia. O Porquê de ser assim. A persistência de tal represália. As pessoas que simplesmente se amam, querem dividir suas vidas, sem intromissão ou insensatez.

É como assistir um filme involuntariamente, tentamos apertar o controle, pausar uma violenta cena que, fechamos os olhos no decisivo momento, mas não é possível. Os gritos, sons que ouvi. Como poderia esquecer o momento em que havia recebido a notícia e que eles teriam morrido.
Enquanto alguns leves hematomas teriam se ocupado da minha pele, porém, a alma foi a mais infligida e deixando marcas além do tempo.

O meu mundo se tornou tão severo, dos apáticos dias, as solidões dos corredores, onde era minha antiga casa. Não há nenhum som, apenas o eco da minha voz que, gritava por eles tão incessantemente. As lágrimas caiam e eu já estava de joelhos, sendo consumido. É tão difícil conviver com este pesar. O momento em que suas vidas partiram e me senti sozinho. Meu mundo transbordou em sangue e decepção. O medo de me afogar crescia, até que percebi que não precisaria nadar nas águas para perder meu ar, fôlego ou consciência sobre o penoso mundo que ainda vivo.

De onde eles estão, será que sentem ódio de mim, se me perdoaram, mas eu preciso ser perdoador por amar alguém ou expor meus sentimentos? Eu tentei falar, mas estavam inconscientes demais para me ouvir. Eles dormiram ainda acordados, e me deixei levar pelos risos orgulhosos que se transformaram em desprezo, o mais puro. Com meus braços servindo de apoio. Olhei para o céu de olhos fechados, sentindo todo o clima. As nuvens escondem o sol por um longo período, mas ele permanece lá, pronto para sair e consumir o mundo com sua luz e calor que, emana na pele das pessoas que aspiram ou não sua natural ação.

Intimamente eu preciso dele, ele me fez esquecer todos esses momentos apenas com o amável e insólito olhar. Seria o único e suficientemente capaz para pegar o controle e pausar o conturbado momento. Não precisaria reviver ou chorar pelos restos dos meus dias, apenas ter o direto de viver sem o peso de tamanha tragédia sobre meus ombros. Somos responsáveis pelo nosso próprio destino e assim, me abstenho das suas vidas.

Até Que O Dia Termine - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora