Capítulo 37

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Quarta-feira às 19:38 No Hospital Central, Worstate (Canadá)

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Quarta-feira às 19:38 No Hospital Central, Worstate (Canadá).

O mundo continua o mesmo, as pessoas conversam entre si. Risos de lado, beijos continuam a serem dados, declarações ainda existem, mas não as culpo por minha desolação. Elas não são capazes de enxergar, se infiltrar no meu mundo, diferente do deles, está em completa destruição.

Eu o vi sangrar, e meus olhos automaticamente iniciaram uma autodestruição. Suas últimas palavras, com seus olhos azuis admirado por qualquer ser vivo. Os temerosos lábios que continham medo, angústia, mas também possuía o silêncio. Ele sempre foi o melhor em nos deixar curiosos, em busca da ventura de seus pensamentos.

Respiro fundo, sei que posso perdê-lo a qualquer momento. Mesmo com todo o desespero me cercando, as lágrimas caindo ao meu lado, a dor sucumbindo os corações dos apaixonados por sua benevolência. Alex, quero que você tenha uma vida, momentos para compartilhar.

Jamais imaginaria ver Nate assim, com as mãos fechadas, presas nos lábios, tentando segurar toda a dor que pode sair por seus órgãos inquietos. Olhos arregalados, vermelhos, passos em círculo, enquanto seus pensamentos o espreme por dentro, a ânsia do arrependimento.

Sinto o coração dela pulsar, é tão intenso que posso ouvir com meus sentidos não tão aguçados, mas nada que mude o seu semblante amedrontado, emoções desfiguradas, a fissura aberta em seu peito.

Acho a maioria de nós tem algo para se arrepender, pelo menos eu tenho, e daria a minha vida para voltar ao passado. Ter dito todas as minhas incertezas, sensações de medo que eu não poderia evitar, desde o dia que o vi cair perante meus olhos, já sucumbindo pelo passageiro sangue.

O mundo segue sendo o mesmo. Enfermeiros gritam, médicos saem pela porta, em busca de salvar mais uma vida, é o que nós mais queremos. Saber que iremos vê-lo de novo, mudar a sua história. As palavras possuem o total sentido a vida.

A angústia que ocupa todo o corredor, corações dessas pessoas. É difícil ver tanta dor, o medo percorrendo nos olhos, como a última despedida, o para sempre adeus. Eu poderia me perder nesse caminho escuro, na escuridão eterna que poderia assolar meu coração, e me perder de vez nesse labirinto. Porém, mesmo em pé, Jake alcança minha mão, como uma luz guia, e é isso, ele sabe como me colocar nos trilhos mais uma vez.

Começo a chorar novamente. Nate está em pé, ao lado do balcão na recepção. Minha tia está próxima a mim, na mesma fileira de assentos, mas poucos metros nos separam. Tento respirar fundo, mas todo o aroma, até mesmo o ar gelado que circula por nossos pescoços, cria o clima de desolação.

Como vou ignorar os gritos? Pessoas que mal conheço, passando desesperadas pelo corredor, em busca de alguma informação, e as palavras nem saem corretamente. É tudo tão confuso, seus olhares, a respiração ofegante, a dor que sufoca a passagem de ar. Nenhum medicamento poderia curar esses sintomas, somente as simples palavras que todos esperam ouvir.

Até Que O Dia Termine - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora