Capítulo 40

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Quinta-feira às 10:47 No Hospital Central, Worstate (Canadá)

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Quinta-feira às 10:47 No Hospital Central, Worstate (Canadá).

Eu sonhava em escrever minhas histórias, anos depois, estava somente sobrevivendo entre as cidades que eu viajava. O meu coração não estava preso a ninguém. O chão escorregava sobre meus pés, e as fotos que eu tirava eram minhas únicas recordações.

Até que alguém conseguiu romper o meu bloqueio, porém, jamais conseguirá curar o que carrego comigo. O meu sangue que considero impuro, ainda que suas palavras tenham aliviado o meu próprio julgamento.

Passei anos sem sentir um verdadeiro sentimento por alguém, como eu poderia? No meu passado, há alguém que me destruiu por completo e mudou minha vida de todas as maneiras possíveis.

Eu estava somente vivendo os meus dias, viajando por lugares que sempre tive vontade de conhecer. De algo modo, eu conseguia preencher o meu vazio, não sabia dizer exatamente o dia em que a morte bateria na minha porta ou os visíveis sintomas poderia ser notados pelas pessoas em minha volta.

Esse pensamento nunca saiu da minha cabeça, prometi a mim mesmo que jamais colocaria a vida de alguém em risco ou faria a mesma coisa que fizeram comigo, me condenar para sempre até os últimos dias da minha vida.

Mason apareceu, e eu tentei lutar o máximo que pude contra este sentimento, mas aquele simples menino indefeso e com seus olhos me pedindo ajuda, não estava preparado para renunciar a algo assim.

Era visível que o seu coração estava machucado, assim como o meu. O mar provavelmente é responsável por alguns encontros improváveis, e salvar sua vida foi como sacramentar algo que estava tentando deixar ir para longe. Ele sendo a pessoa certa ou não, vivo com um vírus dentro de mim e que há inúmeras dúvidas sobre ele, além da inexistente cura.

Não há salvação para mim, meus dias poderiam estar contados, mas mesmo assim, deixei meu coração se envolver por ele, aqueles cabelos que eu amo acariciar, e os beijos que deixam suas mãos trêmulas.

Prometi jamais retornar para os meus pais, minha antiga cidade. Eles me puseram para fora, e independentemente de todo o dinheiro que havia disponível para mim, o combinado seria me manter longe deles, a vergonha da família Fowler.

Jurei não permitir o toque de alguém em mim, manter todas as pessoas longe da minha obscura vida e viver até que os últimos dias permitissem. Mas falhei com minha missão, e o passado retornou mais um vez, porém, com um aviso, o presságio da morte, a perda passando por meus olhos viajantes.

Estou caminhando no corredor, várias salas fechadas e outras com a possibilidade de enxergar pelo lado de fora. Haley, não queria que esse fosse o seu destino, não consigo desejar o mal a ninguém, e é um dos piores.

Algumas pessoas caminham assustadas, principalmente quando passam pelo quarto N°17. A parede é espelhada, então consigo observar o que está acontecendo na parte interior do cômodo. Meus passos cessam, quando meus olhos observam Haley. Faz anos que não tínhamos nenhum contato, e seus olhos ainda estava cheios de vida.

Até Que O Dia Termine - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora