Capítulo 07

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Desviei o olhar, queria dizer não, meu orgulho era grande e eu ainda estava irritada, mas sabia que ele não era orgulhoso e que isso o deixaria incomodado por muito tempo.

Olhei para Lia e para Dany.

— Se importam...

Elas sorriram, passando por nós e nos deixando a sós.

Dei espaço para que ele entrasse e assim ele fez.

Fechei a porta.

— Eu... quero pedir desculpas pelo ocorrido mais cedo... realmente agi sem saber a história... eu fui atrás de saber e descobri todo o acontecimento...

— Você ainda vai me punir? – perguntei.

Ele olhou em meus olhos, em seguida desviou o olhar, negou.

Apontei para a cama, então ele se sentou, me sentei ao lado.

— Natsumi será cobrada por tolerar o desrespeito pelo lado de Alya e ela será eliminada.

Imediatamente olhei para ele.

— Eliminada? Alya será eliminada?

— Eu ainda não posso fazer uma eliminação na primeira semana... mas assim que abrir a semana da eliminação, ela será escolhida – ele disse.

Estava surpresa, aquilo era estranho, foi fácil demais, mas talvez eu não devesse ficar tão indignada, além do mais, Gaara era muito justo.

— O amor faz você fazer coisas loucas – desviei o olhar – e o amor que sinto pela minha família me fez reagir perante a humilhação dela... não teria acontecido se ela não tivesse dito aquilo tantas vezes...

— Como é? – ele perguntou.

Olhei para ele.

— O que?

— Esse amor.

— Como assim? – perguntei.

— Sentir esse amor de família, ter uma família, como é?

Desviei o olhar, sorri.

— Tudo que eu faço é pra eles e por eles... assim como tudo que eles fazem é pra mim e por mim...

Olhei em seus olhos azuis que brilhavam interessados na resposta.

— Amor de família é inexplicável... – tentei encontrar as palavras – é o gosto da comida da minha mãe... o abraço que meu pai me dava na porta de casa... era quando meu irmão mais velho assumia a culpa de eu ter quebrado o vaso de flor da minha mãe, quando minha irmã me dava doces escondidos ou quando meu irmão mais novo aparecia no meu quarto perguntando se eu tinha algum "dodói" – sorri – é quando meu pai vinha me dar um beijo de boa noite e minha mãe cantava uma música para que eu pudesse dormir, sempre sorrindo ao lado dele, nos enchia de beijos e abraços antes da história da noite...

Flashback

— Olha só! – pulei no sofá – ele está vindo! ele está vindo!

Eu tinha seis anos, Amaya oito e Azuke dez.

— Ele quem? – Amaya gritou do corredor.

— O papai! O papai está vindo!

Azuke veio correndo e Amaya também, todos nós esperávamos meu pai, na janela.

Antes de meu pai resolver trabalhar apenas na colheita e na produção, ele era um ninja de Suna, então ele ficava a semana inteira na cidade e final de semana vinha para casa, dali ele ajudava minha mãe na safra.

A Escolhida De Gaara  ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora