A Escolhida De Gaara ( PAUSADA )

Capítulo 30

Meu coração batia forte, acelerado, eu não sabia o que fazia, se chamava alguém ou gritava ou o abraçava, não sei.

Me aproximei ainda mais, como se fosse possível.

— Gaara?

Ele apenas me olhava, não respondia, estava saindo de coma lentamente.

— Você está bem – chorei, segurando sua mão.

Ele continuava a me olhar com a mesma expressão, como se seu olhar fosse de sono.

Queria muito abraça-lo, chorar feito louca, beija-lo, ouvir o "eu te amo", sentir o cheiro dele, a pele, ouvir a voz...

Logo a porta se abriu e a enfermeira entrou.

— Senhorita... Seu tempo de visita aca...

Ela olhou para Gaara e ficou muda por alguns instantes.

— Meu Deus! O Kazekage acordou!

Ela anunciou sobre Gaara ter acordado e logo chamou os médicos.

Não sei o que foi mais difícil, ver que ele não me respondia, ou ter que sair da sala bem agora que ele havia acordado.

Sabendo que morria de saudade.

— Precisa sair agora – um dos médicos disseram.

— Por favor... – supliquei – só mais cinco minutos.

— Você quer que ele se recupere ou não?

Me calei.

Concordei com a cabeça, saindo da sala, não sabendo muito o que fazer, estava feliz que ele havia acordado, mas preocupada com aquela reação.

Liz vinha em minha direção, pisando forte, rápido, com um olhar de desespero.

— Você não pode ir vê-lo! – as assistentes diziam, tentando alcança-la.
Mas ela não dava ouvidos.

Até que passou por mim, prendi-a pela cintura e a encarei.

— Liz.

— Me deixe ir! – pediu tentando se desvencilhiar.

— Precisa se acalmar – falei, quando eu mesma não estava calma.

— Eu preciso ve-lo!

— Eu sei... – tentei controlar a situação – mas se você for agora, só vai atrapalhar...

Percebi que ela estava sem ar, talvez entrando em crise, estava surtando.

— Chega Liz... Precisa se controlar, precisa se manter calma agora.

Olhei em seus olhos.

— Sei que seu coração parece sair fora do peito, que os pulmões doem por ar, que sua mente está à um milhão e nada se passa em sua cabeça... Nada além de saber como ele está, você não quer nada além de vê-lo.

— Você o viu – ela me olhou, a voz saiu em tom de desespero – ele está bem? Como está?

— Ele acordou... Precisa de tempo... Vai ficar bem...

Logo as assistentes se aproximaram, tentaram conversar com Liz e à conduziram de volta a seu cômodo.

Enquanto isso, fui até a biblioteca, procurar algum livro de medicina.

Li sobre os pacientes que entram em coma, diz que, geralmente a primeira coisa a voltar são os movimentos do corpo, depois a fala se desenvolve novamente e que dependendo do estado, demora até que se recupere totalmente.

E a única coisa que eu posso fazer é esperar...

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