Capítulo 32

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Minha cabeça dói.

Dói muito, antes de abrir os olhos já sinto algo quente escorrendo pelo meu rosto, sangue.

Olho ao redor e vejo alguns ninjas, já a minha frente, um homem de costas.

Eu conhecia perfeitamente aquele homem.

— Pai...

Ele se aproximou.

— Querendo casar de novo? Lia.

Me ergueu pelos cabelos.

— Eu não quero você com homem nenhum, eu te quero morando na minha casa.

Entendi que, foi por conta daquele jantar com Dan.

— Não estou me casando e muito menos morando com alguém! – contrariei.

— Cale essa boca! – um tapa foi desferido em meu rosto, um tapa tão forte, que marcou os cinco dedos, me fez chorar.

— Deixe caminho para a porta – ordenou à um dos ninjas – ele vai ouvi-la gritar.

A partir daí, as agressões começaram.

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Depois de dez minutos, eu quase nem sentia meu corpo.

Quando Dan derrubou aquela porta, seu olhar era irreconhecível.

Mas antes que ele fizesse alguma coisa com aqueles homens, ele foi até mim.

— Merda... – seus olhos lacrimejavam – me desculpe...

Eu não entendi porque nenhum ninja reagiu quando Dan entrou, como se fosse planejado ele estar ali.

— Tenho algumas perguntas a lhe fazer – meu pai disse olhando para nós.

Dan me segurou, me envolvendo com os braços como forma de proteção.

— Quando vai largar essa vadia? Afinal, vocês não estão juntos de verdade, aposto que é mais um que vai comer e largar, igual o ex dela.

Abaixei a cabeça, morrendo de vergonha.

— Estamos juntos sim – Dan disse, firme – e pretendemos continuar.

— O conselheiro de Suna com uma empregada... É muita humilhação – ele riu – se ela fosse como o pai dela, não era tão inútil.

Mordi os lábios, engolindo o choro de mágoa.

Dan segurou meu braço ainda mais forte.

— Deveria ter orgulho, de ser pai de uma mulher tão forte, tão doce, atenciosa, esforçada, que trabalha dia e noite sem cansar, deveria ter orgulho de dizer: "essa é minha filha", deveria estar lá para ela, se amava tanto sua esposa, por que odeia alguém que veio dela? Não vê a semelhança com sua filha? Eu tenho uma filha e por mais que eu odeie o fato de ela ser parecida com a mãe, eu a amo e tenho orgulho, você deveria amar também.

Eu amava a forma como Dan me descrevia, como se eu fosse incrível.

— Orgulho da filha que nem é sua? – meu pai debochou.

Por mais que não demonstrasse, eu senti a onda de desânimo que o atingiu.

Acariciei sua mão, ele me olhou.

— Ela é sua filha... – sussurrei – apenas sua, lembre que ninguém pode dizer ao contrário.

Ele apertou minha mão mais forte.

A Escolhida De Gaara  ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora