30 - Na Montanha

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Vi uma mulher. Uma elfo para ser mais exata. Ela apareceu como um espectro, um fantasma. Eu não a conhecia, mas sentia que ela era importante. Alguém que já viveu há muitos anos e fez algo que mudou a história do mundo, tornando-o o que conhecemos agora. Ela estava sorrindo para mim e em suas mãos carregava uma Pedra que eu não conseguia enxergar muito bem, pois dela emanava uma luz muito forte.

— Estou esperando por você. — ela disse — No topo da montanha.

Por algum motivo a mulher da minha lembrança não precisou me dizer em qual montanha eu devia encontrá-la. Eu sabia.

— Nossa próxima parada é ali. — apontei para o elfo.

...

Eu estava agitada, ansiosa para seguir nossa viagem, mas estava escurecendo e eu não queria ser descuidada logo quando estávamos tão perto do nosso objetivo.

Montamos acampamento próximo à floresta, pois a campina era aberta demais e ficaríamos muito expostos.

Fiz uma fogueira pequena para não chamar muita atenção, e me sentei perto dela, enquanto comíamos mais algumas frutas e restos de pão e queijo que tínhamos guardado. Logo a comida acabaria, mas a nossa jornada também já estava quase no fim.

— Então você teve outra visão? — perguntou o elfo depois de um tempo. — Isso significa realmente que as Pedras estão chamando por você... Mas por quê?

— Eu também não sei. — respondi sinceramente.

— Isso é algo incrível. Talvez seja seu destino.

— Como assim? — perguntei confusa — O meu destino é encontrar as Pedras? Para quê? Quero dizer, eu não acredito nisso. Não entendo a ideia de destino.

Aibek ergueu os ombros.

— O destino não é algo que possa ser explicado. Ele apenas é.

Aquilo não me ajudava em nada, nem respondia as perguntas que agitavam a minha mente.

O elfo se aproximou e colocou sua mão sobre a minha, em sinal de conforto.

— Apenas faça o que sentir que deve fazer. — ele disse — Tenho certeza de que tudo dará certo. Afinal, chegamos até aqui.

Ele sorriu para mim. Era um sorriso bonito e contagiante, e por algum motivo me deixou mais calma.

O encarei, tentando entender meus próprios sentimentos em relação a ele, e tentando entender suas motivações. Nunca estive tão confusa em toda a minha vida.

— É melhor dormirmos logo, pois teremos um caminho longo amanhã. — falei — Devemos revezar hoje. Estamos em um lugar mais perigoso dessa vez, e não temos Vuur conosco.

Tatsuya - A Rainha DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora