22: Partir corações.

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Serena soltou um gemido frustrado, esfregando o rosto enquanto olhava para o teto

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Serena soltou um gemido frustrado, esfregando o rosto enquanto olhava para o teto. Ao verificar o relógio na mesa de cabeceira, viu que eram cinco e vinte e nove da manhã. Sabia que não conseguiria voltar a dormir, especialmente com o sol prestes a nascer em menos de uma hora. A noite anterior fora uma tortura, revivendo incessantemente o momento em que as lágrimas escorreram pelos olhos castanhos de Grace, sem poder fazer nada além de fitar a garrafa de água em suas mãos.

Lentamente, suas pernas deslizaram para fora das cobertas que uma vez a abraçaram com calor. O ar frio atingiu sua pele, mas estranhamente ela não estremeceu. Com cuidado para não fazer barulho, Serena desceu as escadas, pisando de maneira específica para evitar o rangido das tábuas do piso. Um suspiro de alívio escapou quando chegou à porta da frente, abrindo-a e fechando-a silenciosamente.

Seus olhos varreram o horizonte, observando o céu ganhar um raio de cores. Ninguém mais estava acordado em casa, tornando a missão de escapar sem ser notada ainda mais crucial. O mais quieta possível, Serena desceu as escadas, cuidadosamente escolhendo onde pisar para evitar que as tábuas do piso rangessem. 

Ao chegar à porta da frente, soltou um suspiro de alívio ao abri-la e fechá-la silenciosamente. Seus olhos varreram o horizonte, observando o céu se tornar um raio de cores conforme o sol começava a nascer. Serena pegou sua prancha azul marinho, que estava encostada na porta da frente. Seus olhos varreram o horizonte, observando o céu se transformar em um raio de cores. A areia macia e quente cobria seus pés, infiltrando-se por entre os dedos.

Às vezes, Serena se pegava pensando em como seria entrar no oceano e deixar que as correntes levassem seu corpo. Não era um pensamento suicida, mas sim uma ideia ociosa que adorava entreter por puro tédio e curiosidade. Questionava-se sobre a sensação de ondas suavemente puxando sua pele, seu corpo leve como uma pena, e o aroma de sal marinho flutuando em seu nariz enquanto era levada para mais fundo. Imaginava como seria encher seus ouvidos com um silêncio peculiar que só poderia ser experimentado debaixo d'água; um silêncio que parecia fazer o mundo parar de girar e o universo prender a respiração por um momento tranquilo.

Então, Serena ponderou sobre o que aconteceria se fosse um pouco longe demais. Considerou que tipo de monstros encontraria nas profundezas do mar. O oceano, uma força perigosa, ainda tinha muito por descobrir.

— Não consegue dormir?

Serena vira sua cabeça para o lado até encontrar os olhos de Rafe. Ele tinha olheiras abaixo de seus olhos, e seu semblante estava cansado. Os olhos de Serena estavam vidrados sobre o corpo dele, apreciando as gotas de água que pingavam de sua pele bronzeada e beijada pelo sol. Ela admirava a visão dos músculos em exibição, o short de surf grudado nas coxas musculosas e os bíceps tensos quando ele plantou a prancha na areia ao lado dela, exibindo um sorriso cheio de dentes.

Rafe se jogou ao lado dela com um grunhido baixo. Houve uma fração de segundo em que o braço dele roçou no dela, e um arrepio percorreu sua espinha. Apenas o roçar suave de sua pele contra a dela foi o suficiente para evocar uma enxurrada de lembranças. Entre seus dedos, tinha um cigarro aceso. Pegando um cigarro e o isqueiro, Rafe tragou a fumaça.

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