Endeavor eternamente o numero 2.

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Musutafu, Japão -  09 de Setembro de 2146

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Musutafu, Japão -  09 de Setembro de 2146.

Kyouka Jirou.


Midoriya havia sumido a três dias e todos da sala procuravam por ele sem parar em todo fim de tarde após as aulas. Hoje, em uma última tentativa dentro dos muros alguns alunos estavam fazendo uma ronda antes de uma reunião que teríamos a noite, todos torcendo para que fosse apenas um desencontro e que fosse acabar hoje já que era o fim da suspensão dele. 

Estávamos eu, Mina, Bakugou, Kirishima, Uraraka, Momo e Todoroki na sala, sentados desconfortáveis e preocupados quando o motivo de nossa apreensão entrou no dormitório sozinho, mas sua aparência estava péssima. O corpo cheio de queimaduras de vários graus pelos braços, o cabelo banhado em sangue e as roupas rasgadas, algo me disse que o sangue que o cobria não era dele. Pude confirmar o que Todoroki tinha dito da tatuagem em outro dia. Ele não nos viu ou apenas ignorou, indo direto para o elevador. Nem mesmo Bakugou falou algo e eu sabia que, como eu, todos estavam digerindo a cena. 

Aizawa entrou em seguida.

— Eu vou subir conversar com o garoto problema, ninguém deve sair dessa sala até que eu volte — E, mais cansado que o normal, se arrastou para o elevador.

Ele, assim como todos, estava preocupado com o sumiço do garoto, mas foi o que menos foi atrás. Parecia até que já sabia que iria acontecer e que ele voltaria, mais preocupado com o estado que ele chegaria. no final, se tornou verdade, o problema não era ele não voltar, mas como voltou.

Ninguém ficou satisfeito, Bakugou não parava de rosnar apertando as mãos e a temperatura da sala caiu por causa de Todoroki. O silêncio perdurou por alguns minutos quando o som de vidro quebrado vindo do andar superior assustou todos. Eu fui uma das que levantou em um impulso para subir, receosa do que poderia acontecer, mas Kirishima entrou na frente do elevador já com a peculiaridade ativa.

— Aizawa-sensei foi claro quanto a ninguém subir, não podemos ignorar uma ordem direta, mesmo que eu também queira subir.

Ninguém se moveu para subir ou para voltar ao sofá, e – mesmo sabendo que era invasão de privacidade, aproximei meu fone discretamente da parede sabendo que conseguiria ouvir sem problema algum.

— Também queremos escutar — Mina apontou para mim. 

Não pude negar considerando que fui a primeira a fazer isso, então levei o outro fone a caixinha de som que sempre carregava no bolso e me concentrei para passar a conversa, habilidade que havia dominado a pouco tempo atras. 

— ... Adianta, nós nunca escondemos as coisas um do outro — Era a voz de Aizawa.

— Não posso Shou, o segredo não é só meu para contar — Uma pausa — Não, eu não estou dormindo com All Might. Não pense nisso, credo, ele é velho demais. Sinceramente, até kasan teve suposições melhores. Ele pode estar preocupado comigo apenas porque sou seu aluno.

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