Izuku Midorya tinha duvida entre ter muito azar ou muita sorte.
Mas uma certeza ele tinha, suas responsabilidades eram grandes demais para qualquer outro carregar.
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Tóquio, Japão – 28 de outubro de 2146.
Hawks devorou outra asa de frango enquanto olhava para Deku, os dois sentados no chão da sala com a mesa de descanso entre eles, desejando mais do que nunca não estar sendo constantemente vigiado até mesmo quando vai ao banheiro. Izuku estava agindo entre uma mistura de alívio, raiva crescente e indiferença desde o jantar com os Todoroki na sexta-feira.
E o que ele disse sobre? Absolutamente nada. O esverdeado não havia falado nada, e sem a confirmação se era por não querer conversar sobre ou se não devia comentar consigo também não foi atrás. O detalhe de não o acompanhar nas rondas por estar com o exército também não lhe ajudava em nada. Sua única informação foi estar passando por acaso na região próxima a casa de Endeavor aquela noite e assistir o massacre unilateral ao vilão Ending. O Midoriya estava puto, isso era óbvio.
Hawks pegou o celular por um momento, mas logo o largou.
— Precisa de sexo pequeno demônio? — Keigo pegou outra asa dentro do pote e então a empurrou para Izuku — Dá para notar sua tensão daqui.
— Não estou chapado o suficiente para transar com você meu anjo — O esverdeado grunhiu enfiando a mão no balde.
— Podemos resolver isso — Hawks sorriu travesso, Izuku o olhou por alguns segundos a mais do que faria normalmente, ponderando.
— Cê tá ligado que os Todoroki vão ficar putos para caralho mesmo que a gente não tenho um relacionamento né? — Keigo apoiou o rosto na mão, o sorriso ainda presente.
— É exatamente isso que estamos procurando — O Takami admitia que adorava provocar alguns dos integrantes da família. Novamente se olharam por um longo tempo, até que Izuku se levantou após terminar a asa que segurava e foi até a janela do apartamento, abrindo-a.
— E o que estamos esperando? Vamos aproveitar que você não precisa estar naquele lugar por mais cinco horas.
— Aconteceu algo bem feio né? — Hawks questionou se jogando pela janela seguindo o mais novo — Cê só aceita sexo de mim quando tá realmente irritado.
— Aquele merdinha mimado. Eu o amo, mas estou tão decepcionado com ele que adoraria socar a cara bonita do Shoto até não poder mais — Apesar da vontade de gritar, Deku tinha sua voz perigosamente baixa — Um mimado do caralho, um herói cabeça dura, e um pirralho intrometido e egocêntrico. E o Toy está ocupado no trabalho que não me responde desde sexta.
— Desde sexta a noite? — Hawks não queria acreditar que estavam falando do jantar.
— Agora me surgiu uma dúvida, isso vai ser gravado? — Izuku mudou de assunto.
— Gravado? O que?
— A gente transando porra. Os carinhas que tão te monitorando vão assistir ou gravar? Isso vai ser estranho — Izuku apontou para suas asas, e logo deu um aceno, haviam conversado no início da semana como se ele tivesse descoberto o monitoramento — Hey, tudo bem? Olha, compactuo com a causa, por isso minha boca é um túmulo. Mas agradeceria se não gravassem ao menos, tá?
