Quando a água bate na bunda.

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Musutafu, Japão – 28 de outubro de 2146

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Musutafu, Japão – 28 de outubro de 2146.

— Você é um bom aluno, apesar de todos os problemas que sua personalidade acaba nos trazendo. E tem muito potencial. Mas eu não posso e não vou fechar meus olhos para suas últimas ações — Nezu não olhava para Bakugou enquanto tomava seu chá, o que deixava o loiro ainda mais agitado e ansioso com essa conversa, principalmente ao diretor ter solicitado que viesse antes de retornar para casa em uma tarde de domingo após os estágios — Você descobriu sobre a corrupção e mentiras que a sociedade atual usa como base, o que eu garanto que nunca faria em outras circunstâncias.

— Eu não sabia — Bakugou disse com a voz elevada, mas não totalmente gritando, entendeu que Nezu já sabia sobre o que aconteceu na sexta-feira — Eu queria ferrar o Deku com a família do meio a meio e fazê-lo passar vergonha, não sabia que era tão fundo assim.

— Tenho certeza. Mas isso não estaria acontecendo se vocês não estivessem invadindo a privacidade de alguém, novamente — Nezu deu o último gole em sua xicara, pousando-a lateralmente na mesa e finalmente olhando para Katsuki — Izuku deixou em minhas mãos a resolução desse caso, já que as opções que mais lhe atraem são uma queixa contra vocês, ou deixar que o próprio Dabi lide. Mas você deve saber que uma ocorrência lhes fará perder a chance de se tornarem heróis.

— O pessoal só estava curioso. Queríamos conhecer mais do Deku — O estudante arregalou os olhos, as consequências que esperava não eram essas — A gente não queria isso.

— Jeito um pouco diferente de conhecer alguém — Nezu cruzou as mãos, o bom humor não o abandonando — Mas eu tenho uma proposta para evitar esse final. Garanta que todos os vídeos que pegaram de Izuku sejam apagados e faça todos eles esquecerem dessa história do irmão de Shoto. Não importa como você fará isso, mas consiga, ainda essa semana.

— Porra — Bakugou reclamou, mas era melhor do que não se tornar herói — Farei.

— É claro que fará, caso contrário você, Mina e Hagakure passarão por um processo longo e cansativo que marcará os três — Bakugou suspirou, um pouco aliviado que a situação estava quase resolvida. Mas foi cedo demais — Ah, e vocês têm até o final do mês para contar a extensão dos seus atos para o Izuku. Cada detalhe.

— Como farei isso se devemos esquecer o assunto?

— Não há como você esquecer. Já está mais fundo nisso do que os outros. E será você a contar. Eu escolheria um dia em que ele está de bom humor e espere uma boa surra — Nezu começou a rir, logo começando a assustar Bakugou — E antes que acho que isso é tudo, saiba que não será. Na ficha da comissão vocês já estão manchados e não há mais como limpar. E você ainda fará algumas coisinhas por eles por isso. Você será eternamente um peão Bakugou, por um erro que você insistiu em cometer.

— Ainda é o mesmo erro — Bakugou murmurou.

— Se despeça do seu sonho de número um Katsuki Bakugou, você só chegará onde a comissão desejar que você chegue e de todos os seus homens apenas um teve o prazer de chegar ao top 10.

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