"your brother told me"

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— O primeiro é o Clifford, CEO das Empresas Hossini. Certamente vai tagarelar sobre a empresa e sobre seus funcionários incríveis. O segundo... na verdade é uma mulher, a Betany. E então falta a Camila, Lauren, Philip, Monroe e... Droga, eu sempre esqueço um. — o homem ao meu lado repassa os nomes em sua mente, não que realmente precisasse os decorar. Apenas não queria esquecer de ninguém importante.

— Copeland? — ele assente, suspirando aliviado.

— Obrigado.

— Como eu odeio esses eventos de empresários... — murmuro, levando a taça de vinho seco aos meus lábios — Todos são iguais. Falam de dinheiro, poder. Todos são chatos.

— Nem todos eles, sabe? Alguns são bem interessantes.

O tom de voz irritantemente apaixonado volta à Dixon. Reviro os olhos quando ele aponta para Eleanor, que conversava com uma das acionistas de uma empresa rival.

— Vai mesmo querer se foder por causa de uma mulher? Porquê é isso o que acontece com quem entra no caminho dela. — ele dá de ombros — Depois não venha choramingar dizendo que eu não te avisei.

— Eleanor é perfeita. Bonita, inteligente, se preocupa com a família e o trabalho. Isso não é algo ruim, é raro se achar alguém assim.

— Não se esqueça do sobrenome que ela carrega, a marca do diabo cravada em seu peito... — ele parece se conter para não dizer o que pensava.

— Vamos trabalhar, já conversamos demais!

Com um tapinha no meu ombro, ele faz eu me deslocar até onde o primeiro empresário estava.

E tudo começa de novo.

Mas dessa vez é diferente, dessa vez é como se eu estivesse exposta. Todos os olhares que capturo vão diretamente até as minhas tatuagens, e aquilo me deixa aflita. Não por as ter a mostra, mas por as ter a mostra em um lugar como aquele.

No fim preciso ignorar isso e tentar ser o mais profissional possível, como se alguém realmente se importasse.

(...)

— Ei! — me viro para o lado. Consigo ver Matteo se aproximando de mim, com um sorriso amigável que tanto se assemelha ao da irmã (quando a mesma está de bom humor) — É Billie, não é? — assinto — Já estou indo, quer ir comigo ou esperar Madden e O Todo Poderoso? 

Rio do fato do próprio filho usar o apelido dado pela imprensa ao pai.

— Prefiro ir com você, se não for incômodo. — dou de ombros.

O homem me faz um sinal com a cabeça para que eu ande ao seu lado, e alguns segundos após já estamos fora do salão principal.

Era um evento grande, com toda a cobertura da mídia na porta e alguns jornalistas filmando-nos pelas brechas que conseguem encontrar. Fora do local mais movimentado, acaba o clima tenso que os empresários de culhão maior — ou menor — formam. Pessoas andam com trajes elegantes, algumas acompanhadas dos parceiros, outras não, e todas as mulheres parecem iguais, de salto alto e vestidos deslumbrantes.

Me pergunto como elas aguentam.

Já eram quase dez da noite, o horário em que tudo começa a ficar mais movimentado ainda. Quando os negócios acabam e a falsidade da alta sociedade põem suas mãos delicadas e sujas em peças que são leiloadas alí mesmo.

— Então Finneas e Claudia começaram a namorar uma semana depois de se conhecerem? — a voz baixa do homem ao meu lado apenas constata que, como sempre, alguém poderia estar nos ouvindo.

𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐍𝐃𝐎𝐍 | ᵇ.ᵉ Onde histórias criam vida. Descubra agora