august - t.s.

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Hey gente, deu um probleminha no capítulo e acabou que o wttpd só postou metade do que eu escrevi!! Pra quem ja havia lido, só falta metade agora ein...

De certa forma os primeiros dias sempre são os mais difíceis, não é? Difícil, mas não um difícil impossível. Assim que entro no hall posso ver e sentir os olhares em mim. Era de se esperar, sempre foi assim.

— Sr. Hernández está na sua sala, Sra. — diz minha secretária assim que me aproximo.

— Meu pai?

Melhor que isso! — viro-me para trás, meu irmão, Collen, sorri com os braços abertos. É inevitável me apressar para o abraçar, sentir o cheiro de lavanda do seu shampoo de novo é bom, mesmo que eu pegue no seu pé por só lavar o cabelo 10 minutos antes de sair e sempre aparecer com o cabelo molhado em todos os lugares — Como você está?

— Estou bem — digo.

Me despeço da secretária com um aceno e assim entramos na sala.

— Eu quero pedir ela em namoro, pra valer, assumir a Billie publicamente — disparo. Collen se vira bruscamente, me encara por alguns segundos, o rosto estático sem expressão alguma.

— Okay... — murmura, pensando em algo — Você está ciente de que provavelmente a imprensa vai cair em cima de você, as ações podem cair, a empresa pode ter um número menor de investidores... De como isso vai afetar a sua vida, sua relação com tudo, e como....

— Eu sei, e eu não estou nem aí — sorrio, cortando sua fala, meu irmão se assusta completamente e seu brilho no olhar desaparece rápido.

— Ai. Meu. Deus.

— Collen, me escuta. — ponho a mão nos seus ombros, encarando seus olhos — Eu vou comprar um anel e pedir a minha mulher em namoro, depois vou postar uma foto com ela acompanhada da legenda mais gay e clichê na qual eu possa pensar. E também não estou ligando se vou perder dinheiro ou se vou precisar dar entrevista a algum repórter ou se meu pai vai me odiar. Se estou dizendo que eu vou, é por que eu vou. Entendeu?

— Você que sabe — meu irmão sorri fraco — Estou feliz por você de qualquer forma.

(...)

Trabalho de escritório é definitivamente o pior de todos. É quando estou imersa relendo as entrelinhas de um documento no meu notebook, que constato Claudia entrando no meu escritório.

— Vim ver como você está... E alguém insistiu muito para te ver — sorri ela, é quando noto o buquê de flores nos braços do seu filho, que entra envergonhado atrás da mãe.

A criança sorri quando me vê e corre até mim, rodeando a mesa para vir me abraçar.

— Leleco! — o seguro nos braços, enchendo seu rosto de beijo. — Como eu senti falta do seu cheiro de neném!

Ele da uma risada alta e me encara sorrindo.

— Eu trouxe 'pra você por quê mamãe disse que você estava dodói — sinto lágrimas dentro de mim ao notar que o buquê de rosas brancas em seus braços eram para mim.

— Muito obrigada, isso é muito legal da sua parte — pego o buquê que ele me entrega, observando as rosas de perto — São muito lindas, amei o presente.

— Eu que escolhi! — e novamente, ele da um sorriso largo acompanhado de uma risada.

A sua ternura me encanta, e entre risadas é brincadeiras, ele se despede de mim ao final do meu horário de almoço. Sinto uma pontada no coração ao vê-lo indo embora acompanhado da mãe, suas últimas palavras são "Tchau mamãe número dois!", e até Claudia se surpreende com o seu carinho por mim.

𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐍𝐃𝐎𝐍 | ᵇ.ᵉ Onde histórias criam vida. Descubra agora