004

4.8K 447 286
                                    

Billie Eilish On

Entrei dentro do carro me preparando para ir a casa de Isabella, um lugar grande e totalmente escondido. Poderia dizer que haviam mais seguranças do que na minha casa.

Todos nós estávamos indo para planejar o primeiro passo do começo da destruição. E chegou aos meus ouvidos que John estava ficando maluco de tanto procurar, cogitando sair entregando recompensas a quem achasse sua filha.

- Wow, que casona - Drew murmurou assim que passamos pelo enorme portão de sua casa - Além de gostosa, é milionária.

Soltei uma risada alta, arrancando um olhar debochado dela.

- O quê? - ela me olhou e arqueou uma de suas sobrancelhas - Já viu o corpo daquela mulher? Vai dizer que não concorda?

Dei de ombros e continuei dirigindo.

Estacionamos no lugar indicado por um dos homens de preto e fomos guiado até a entrada do provável escritório. A casa estava totalmente vazia, não tinha uma pessoa se quer além dos seguranças.

Ou ela era inteligentíssima, ou bem solitária.

- Podem se sentar, Eilish. - ela murmurou assim que entramos, apontando para as cadeiras de coro envolta da mesa retangular. Me sentei na outra ponta da mesa, em completo silêncio - Fico feliz que veio.

- Por onde começamos? - questionei, indo direto ao assunto.

- Amanhã é o aniversário da minha mãe, será no salão de festas da minha antiga casa, um baile de máscaras pra ser mais específica. Imagino que tenha ganhado o convite.

Assenti com a cabeça ainda mantendo meu olhar fixo aos seus, era assim todas as vezes que nos encontrávamos. Ela não media esforços para ficar me olhando no fundo da alma com seus olhos verdes. Era desafiador e interessante.

- Ele chamou um dos cinco sócios que tem no tráfico, preciso conversar com ele. Queria que você fosse, mesmo sabendo que não comparece a eventos assim - eu assenti, dando de ombros.

O que eu menos queria era ir, mas pelo visto não teria escolha. Não agora.

Eu só não podia surtar e matá-lo.

- Ninguém pode me ver, caso contrário me entregariam a ele e eu teria que fazer coisas que não quero. Mas disso eu mesma resolvo - ela gesticulou com as mãos, concentrada - Preciso que você fique de olhos nas pessoas que estiverem lá. Enquanto isso vou entrar por um lugar que ele jura ser secreto, e pegar cópia da chave de um dos galpões que descobri que ele guarda lá - fiz uma careta para tal burrice. Quem guarda cópia de chaves importantes assim em uma gaveta? - Burro, eu sei.

Por um instante desci meu olhar de seu rosto para seu busto. E Drew não estava errada, ela é gostosa.

O problema é na chatice e arrogância, além de ser misteriosa, insuportável e bobona. E eu tirei todas essas conclusões tendo apenas três, TRÊS, reuniões curtas com ela.

- No momento em que eu estiver lá, preciso que encontre esse cara - me entregou uma foto de um homem que aparentava ter uns cinquenta anos. Que por sinal, eu já conhecia - Ele é um dos cinco que trabalham com o meu pai. Preciso que entregue uma foto da filha dele e diga que a Müller sabe o que ele fez. No verso da foto irá estar um número de telefone, e eu sei que ele vai ligar.

- Ele me conhece, Müller. Como quer que eu faça tudo isso aí ao mesmo tempo? - indaguei arqueando a sobrancelha.

- Peça que Drew encontre ele por você. Roger gosta de morenas.

[...]

Estava vestida com um terno da cor preta com uma máscara na mesma cor, porém brilhante. Não queria ir nessa tal festa porque sabia que iria ter que falar com ele e olhar em seu rosto sem poder matá-lo. Mas não tinha para onde correr.

𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐧𝐝𝐨𝐧 • 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora