Gay panic, não é?

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Isabella Müller

Eram exatas oito da noite, horário em que os gêmeos iniciam sua rotina para dormir. Hoje mais cedo Billie os levou para comprar hambúrguer, já que amanhã era o aniversário deles e poderiam escolher algo diferente de jantar.

Enquanto isso, fiquei em casa arrumando o quarto dos dois. O de Ayla vivia cheio de suas bonecas e seus carrinhos espalhados, já o quarto do Liam ficava cheio dos personagens da marvel pelo chão.

Ao chegarem, comemos juntos e cada um foi tomar banho. Billie e eu passamos no quarto dos dois e os colocamos para dormir, deixando um beijo na testa dos dois.

Depois disso, Billie e eu descemos para a sala e bebemos um copo de vinho enquanto eu mexia no meu celular. Óbvio que tirei algumas fotos nossas, mesmo sendo casada com a maior low profile do mundo.

Billie fumava um baseado, enquanto estava grudada em mim. Me encontrava deitada em seu peito, com os olhos em meu celular.

— Acha que eles vão dormir a noite toda?

Perguntei roubando o baseado de sua mão.

— Duvido — Ela me respondeu — Eles vão pedir pra dormir com a gente. Tenho certeza.

Ri baixo, sabendo que ela estava certa.

— Fui pagar o lugar da festa e o homem perguntou em quantas vezes eu iria parcelar. Nunca ri tanto na minha vida — Billie contou, rindo.

A olhei, arqueando a sobrancelha.

— Você é muito esnobe. Deus que me livre.

— Óbvio. Olha pra mim, eu cheiro a dinheiro meu amor — Ela sorriu, beijando minha boca.

— Se acha demais por nunca ter visto um cartão de crédito de perto, não é. Nojenta — Ri alto, negando com a cabeça.

Ela me olhou, enquanto fumava calmamente.

— Na verdade, já vi sim. Mas era o black — Billie respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Desisto.

Ela riu e eu sabia exatamente o porque.

— Você também nunca viu um, otaria.

— Idai? — Segurei o riso.

— Você é esnobe também, só não mais do que eu. Torce pros nossos dos filhos serem diferentes das mães esnobes deles.

Não aguentei segurar a risada e gargalhei.

— Cala essa boca.

— Vou calar sua boca mesmo — Ela se levantou e colocou o baseado na boca, me puxando para ficar em pé.

Sem aviso, Billie me pegou no colo e subiu comigo até nosso quarto, enquanto fumava.

Sempre me esquecia do quão forte ela era.

Ao chegar no nosso quarto, Billie me prensou sobre a parede ainda comigo em seu colo. Beijando minha boca e segurando o baseado com a mão livre.

— Não íamos dormir depois de beber o vinho?

Perguntei ao desgrudar nossas bocas.

𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐧𝐝𝐨𝐧 • 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora