𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐧𝐝𝐨𝐧 • 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡

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Billie Eilish On

Faziam exatas três horas que demos entrada no maior Hospital privado de Londres. Chegamos com Isabella desmaiada e tendo reflexos estranhos no corpo.

Tentei manter a calma e ser a consciente da situação, pois havia uma criança entre nós, e desde então Iris ficou afobada e desesperada demais para conseguir acalmar a bebê.

Eu não era muito fã de crianças, gostava delas bem longe de mim, mas essa pequena loirinha tinha gostado de mim e agora não largava do meu pé.

Desde que chegamos não tivemos nenhum notícia concreta sobre o caso de Isabella, não sabíamos ao menos o motivo de seu desmaio e perda de consciência absoluta.

Iris tentava nesse instante conseguir alguma informação sobre ela. E assim como foi ordenado por mim, ela teria os melhores médicos e atendimento.

Horas sem notícia não demonstravam que ela estava tendo o melhor atendimento.

Estava começando a me estressar. Minha preocupação me faria ser capaz de qualquer coisa para que ela ficasse bem.

Ela estava a três horas lá dentro e ninguém teve a consideração de vir acalmar a mãe dela.

Me levantei em um sobressalto ainda com Heloísa no colo e me aproximei da recepção, completamente irritada.

- O que caralhos está acontecendo? Porque não falam logo onde ela está! - falei com o tom de voz alto e firme. Meus braços seguravam a pequena que dormia com sua cabeça em meu ombro.

- Senhora O'Connell, mil perdões, não sabíamos que ela estava com a senhora - a recepcionista pareceu gelar com a minha presença, percebendo que eu estava aqui.

- Mil perdões?! Diversas pessoas estão aqui a horas sem notícias de seus parentes e vem me pedir perdão? - rebati incrédula. - Essa é a porra de um hospital privado ou o que? Não irei pagar caro em um lugar incompetente.

Todos me olhavam calados com os olhos arregalados. Minha fama ao ficar brava não era das melhores, e automaticamente temiam minha presença.

- Só quero saber onde minha menina está - Iris se aproximou de mim com os olhos cheios de lágrimas, automaticamente a abracei de lado tentando regular minha respiração.

- Se não nos der notícias em dez minutos, irão se arrepender. E espero que além de mim, todos sejam devidamente atendidos, filha da puta - a xinguei puxando Iris para longe da recepção.

Observava Heloisa dormir para tentar me distrair e acabei me lembrando de um fato. Depois desse tempo ao lado de Isabella, ela não confiou em mim para contar sobre sua família.

Eu entendia, mas me sentia estranha, chateada.

Meus nervos estavam a flor da pele, a minha preocupação estava estampada em meu rosto, assim como o medo de perdê-la.

Eu ao menos sabia o que havia acontecido.

- Parentes de Isabella Müller? - Iris e eu levantamos imediatamente, o médico pareceu gelar ao me ver - Me desculpem a demora. Podem me acompanhar por favor?

Respirei fundo e o acompanhei com Iris ao meu lado e Heloísa em meu colo. Fomos direcionadas até a sala do médico e nos sentamos.

- Ela está viva? - Iris perguntou com lágrimas nos olhos.

- Sim, nesse exato momento, está.

Um suspiro de alívio saiu de nossos lábios, me fazendo fechar os olhos por alguns segundos.

- O que ela tem? - perguntei sem paciência.

- Após chegar aqui, Isabella apresentou agitação extrema, pupila dilatada, uma convulsão e febre. Isso são sintomas de overdose - explicou - Podem me dizer se ela fazia usos de drogas normalmente? Foi registrado o uso de cocaína em seu organismo.