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Flashback On - Itália

- Nesse pendrive, Adam guarda todos os arquivos, senhas e informações de prioridades máximas. Com elas, poderei usufruir de tudo aquilo que Roger o deixou - Martínez suspirou - Irá pegar para mim, não importa o que precise fazer. Seja matar quem esteja com ele até um cachorro que estiver em sua frente. Tudo isso, sozinha! Você ainda é a minha melhor agente.

Isabella estava a dois meses longe de tudo e todos, se concentrando em matar e destruir vidas. Ela não se arrependia, não sentia absolutamente nada matando. Era seu trabalho.

Mas, saber que poderia estar agarrada com quem é apaixonada e sua família, a machucava. Te deixava angustiada.

Ela sabia que a angústia que sentia não era apenas por isso. Um sentimento horrível apertava seu peito, algo lhe dizia para não fazer. Não ir. Não aceitar.

- Ei! Está me ouvindo? - Martínez estalou os dedos na frente de seu rosto, a tirando de seus pensamentos.

Isabella assentiu, engolindo seco.

- O que precisa fazer, Müller? - perguntou.

- Preciso ir atrás dele e voltar com o pendrive, hoje e sozinha.

Isabella aos poucos percebeu que Martínez não era quem ela havia conhecido anos atrás. Ele só queria algum idiota que fizesse tudo o que ele precisasse, incluindo matar todos que entrassem em seu caminho.

- Exatamente - suspirou, se levantando e caminhando lentamente até Isabella - Amanhã preciso que esteja aqui, com o pendrive. Tenho outro trabalho para você pela manhã.

- Tudo bem.

Müller não aguentava mais apanhar. Discutir com Martínez não lhe faria ver sua família novamente, então a única coisa que ela fazia era aceitar.

Aceitar que seu trabalho era matar pessoas. Não importa quem seja.

Assim, Isabella se levantou já vestida com uma espécie de macacão preto com um cinto especial para que ela guardasse sua arma.

Müller ao menos sabia quem ou o que estaria a aguardando.

Nessa missão, ela teria que ir sozinha.

[...]

Isabella vasculhava as gavetas do escritório atrás do maldito pendrive. Seu tempo estava acabando, pois desde que pisou os pés naquele lugar, havia matado mais de trinta pessoas diferentes.

Sua garganta implorava por um copo d'água, mas ela sabia que se parasse seria pega.

O tiro dado de raspão em seu ombro minutos atrás ardia. Ela estava incomunicável, sozinha e sem ter a quem pedir ajuda.

- Cadê, cadê... Porra cadê esse pendrive! - ela murmurou abrindo todas as gavetas.

Ao se levantar, Isabella sentiu um arrepio e se virou.

Em um segundo seu corpo gelou e foi arremessado contra a mesa.

Uma mão forte apertava seu pescoço.

- Está procurando por isso? - Evans perguntou mostrando o pendrive, apertando cada vez mais seus dedos no pescoço de Isabella.

Ela estava começando a ficar sem ar.

Sua garganta ardia, assim como o local onde o aperto ficava cada vez mais forte.

- Vá se foder - falou com dificuldade. Isabella se esforçava para que seus olhos não fechassem.

𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐧𝐝𝐨𝐧 • 𝐛𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐞𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora