Jake narrando:
Ao finalizar, saio da academia com a garrafa de água em minha mão, já vazia.
Caminho até Júnior e ele sorrir para mim.
- Vamos, filho? Está tarde. - Digo.- Só mais um pouquinho. - Ele expõe totalmente o lábio inferior para fora, fazendo o famoso biquinho para tentar me induzir.
- Nem mais um pouco. - Respondo.
- Já são 21h, lembra do combinado? - Pergunto e ele balança a cabeça em positivo.Conformado ele me segue até o meu apartamento.
Enquanto estávamos no elevador, Júnior comentava sobre seus amigos e sobre a escola que eles estavam.
- Fica pertinho daqui, pai. - Júnior diz.
- Eu posso trocar de escola e vir pra cá? - Pergunta.- Mas e a mamãe? - Questiono.
- A escola fica aqui perto, mas ficará longe pra sua mãe te levar todos os dias. Sendo assim não vai poder morar mais com ela.- Ah, não! - Ele responde em voz alta.
- Eu quero morar com a mamãe também. - Acrescenta.Gargalho e acaricio seus cabelos úmidos pelo suor.
- Quando entrarmos você vai tomar um banho, jantar e depois dormir, ouviu? - Pergunto.- Tá bem. - Ele assente.
Melhor dormir cedo, porque gastou muita energia e amanhã terá aula.Mariana narrando:
Após longos minutos mais torturantes, eu vi que sou fraca.
Não consigo colocar o Miguel para fora, mesmo tendo passagem total para ele.Sou fraca porque no momento perdi a maior parte dos meus movimentos, meus músculos perderam a habilidade de flexionar e fazer força.
Eu mal conseguia fechar meu punho, meu conseguia enxergar.
Minha visão estava turva e meu corpo dolorido pela falta de energia.- Ela está com anemia. - Ouço.
- E está piorando porque está perdendo sangue. - Completa.Pisco os meus olhos lentamente e sem força alguma, na intenção não sucessiva de enxergar o que estava acontecendo em minha volta.
Eu só sabia que a minha mãe estava ao meu lado, segurando minha mão.- Pegue uma bolsa de sangue "O" positivo rápido! - A doutora grita.
- Vamos fazer uma transfusão. - Acrescenta.- De qualquer forma ela não vai conseguir fazer força no mesmo momento, e o meu neto quer sair agora! - Minha mãe altera a voz.
- Ela vai conseguir. - A doutora diz recolhendo a bolsa de sangue das mãos de uma enfermeira.
Até para encher completamente os meus pulmões de ar está sendo doloroso e infalível.
Eu não tenho força para nada!A consequência disso é que muitas das vezes eu deixei de almoçar, porque não tinha uma pausa.
Podia comer enquanto atendia, mas a maioria das vezes enfrente a padaria formava-se uma fila enorme. Tão grande que alguns clientes ficavam lá fora.Eu ingeria umas três colheradas, mas deixava comida de lado, até gelar.
No café da tarde, eu comia pão quentinho com queijo, mas pelo fato da gravidez exigir uma boa e frequente alimentação.
Não tive, não deu tempo.Pelo menos o horário da janta eu não pulava.
Mesmo que cansada, minha mãe cozinhava aguardando a minha chegada.
Pulei os almoços e não comi em quantidade extra como toda gravidez necessita, isso causou a minha anemia.- Não vai conseguir! - Minha mãe grita.
A doutora penetra cuidadosamente em minha veia a agulha e pendura a bolsa de sangue.
- Tem que fazer uma cesariana! - Acrescenta nervosa.- Podemos, mas ainda tem chance dela ter um parto natural. - A doutora responde.
Ela se posiciona ao meio das minhas pernas, e diz...
- Vamos, Mariana! Faça força. - Pede.
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Reinventei Você (PARTE 2)
Romance(ALERTA DE SPOILER!) ACONSELHO QUE LEIA O PRIMEIRO LIVRO ANTES. ____________________________ Após ter se apaixonado e ter ido contra seus princípios ao decidir se relacionar com Jake Müller que viveu um período de sua vida se esbanjando em tudo que...