Capítulo 30

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Não sei quanto tempo passou, acordei me sentindo estranha. Minha garganta coçava, meu rosto ardia e coçava desesperadamente. Andei enxergando com dificuldade até meu quarto pra lavar o rosto. Quando me vi no espelho não acreditei. Um lado do meu rosto estava todo arranhado ao ponto de ter tirado sangue em torno da boca, e o olho desse mesmo lado estava inchado e fechado. O outro lado apesar de menos não estava muito melhor. Vi as marcas de tinta na minha pele e na hora entendi que era alergia. Fui pro quarto do V e estavam ele, Jimim e JK apagados na cama e com os rostos desenhados em caneta. Fui batendo na porta do quarto de um por um e até que RM falou pra eu entrar. Entrei meio desesperada falando tudo embolado, ele tomou um susto por me ver daquele jeito, me segurou pelos ombros e começou a perguntar quem me bateu. Eu mostrava uma das canetas e falava "alergia", ele não entedia e eu repetia "alergia", minha garganta coçava cada vez mais e eu não conseguia me segurar e continuava coçando o rosto até que finalmente ele entendeu e correu voltando rápido com uma maleta de remédios, tirou algo de lá e me deu pra beber. Ele me sentou na beirada da cama e pegou uma toalha molhada que apoiou no meu rosto.

RM: — mas que droga Nina, como isso foi acontecer?

Eu: — Foi sem querer. — eu estava concentrada em respirar e só mostrei a canetinha pra ele. — pedi a ele mais remédio por que a coceira estava insuportável.

Acordei assustada com o barulho de alguém falando com raiva. Meu rosto ardia e coçava muito. Eu estava com a roupa da festa, na cama do RM e com cada uma das mãos embrulhadas em uma camiseta. Sobre meu rosto tinha uma toalha molhada que caiu quando levantei. A toalha estava suja de sangue. Eu estava muito grogue. Parecia que se eu não fizesse um esforço eu iria babar. Yoongi apareceu na porta do quarto e falou "RM ela acordou". Eu levei as mãos embrulhadas ao rosto pra coçar porque era insuportável e RM apareceu na hora segurando meus punhos dizendo "não, não, não".

RM: — Nina sua pele está em carne viva. Mesmo apagada você ficou se coçando, suas unhas feriram sua pele.

Eu: — Eu vou tentar me segurar mas é que eu não tô aguentando de coceira. Por favor solta minhas mãos.

RM: — Acho melhor não soltar pra você não se machucar mais. Fala o que você quer que te ajudo.

Eu: — Ir ao banheiro. Tô apertada pra fazer xixi.

RM: —Ah — e soltou minhas mãos. Foi me acompanhando até meu quarto e no caminho vi os três meliantes sentados lado a lado na sala.

Quando me viram não esconderam a cara de horror, e V começou a chorar. Meu rosto devia estar horrível mesmo. Quando saí do banheiro RM voltou a enfaixar minhas mãos.

Eu: — RM eu quero ir para o hospital, não estou aguentando meu rosto. Por favor, arrume um taxi pra mim.

RM: — Taxi? Não, eu te levo.

Eu: — Não eu vou sozinha.

RM: — De jeito nenhum. Vem eu te levo.

Eu: — Não RM! Pense bem, a primeira coisa que você pensou foi que alguém tinha me batido. Se alguém te reconhecer imagina o escândalo. Vão achar que você me bateu.

RM: — Eu te deixo na porta pelo menos e te espero do lado de fora. Toma segura o remédio que você tomou mais cedo pra mostrar pra eles e não esquece de dizer que você bebeu. Vá com a toalha no rosto.

Eu: — Com as mãos enfaixadas não tenho como segurar nada. Pega minha bolsa e coloca dentro.

Desci do carro na entrada do hospital agradecendo ao RM. Logo uma enfermeira veio me atender e eu expliquei o que tinha acontecido. Devem ter colocado antialérgico no soro porque eu apaguei depois que eles limparam meu rosto e colocaram algo refrescante.

O Tempo da LeoaOnde histórias criam vida. Descubra agora