Capítulo 71

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Cheguei a casa no final da tarde e os encontrei bem. Jimim só estava ainda com os joelhos doendo e continuava com gelo, mas o nariz não sangrava desde o desmaio. Os outros estavam deitados ou jogando video game. Perguntei se tinham se alimentado bem e disseram que sim. Dispensei os seguranças. E fui procurar meu amor, pois ainda não o tinha visto. Achei-o naquele quartinho bagunçado que às vezes ele usava pra pintar. Ele estava lá pintando um quadro no chão. Sentei ali e o abracei e o senti cair no choro. Deixei-o colocar todo aquele choro pra fora até se acalmar.

RM: — Nina, obrigada amor. Que droga de líder eu sou, devia ter defendido os meninos. Devia ter defendido a gente.

Eu: — Nam, é por isso que você está chorando? Não é sua culpa. Da forma que as ordens foram dadas a vocês e como aquele cara arrasava vocês com palavras eu entendo totalmente. Não fica assim. Acho que vai ficar tudo bem. O PD deu dois dias de folga pra vocês e conversarão quando ele chegar de viagem.

RM: — Eu tô com tanta raiva de mim mesmo por não ter feito nada e o Jimim ter chegado aquele ponto.

Eu: — Eu também estou com muita raiva de mim. Como eu pude deixar vocês serem machucados por tanto tempo. Eu devia ter ouvido meus instintos antes e ter ido ver com meus olhos de cara o que estava acontecendo. Além disso pelos exames de vocês todos vocês estão precisando uma alimentação melhor e umas vitaminas. Podia ter sido qualquer um desmaiando de exaustão, não só o Jimim. Agora vem que quero tomar banho e depois a gente pede bastante carne pro jantar.

RM tomou banho comigo e depois na sala escolhemos junto com os outros os pratos do jantar. Quando a comida chegou e eu estava começando a relaxar quem não se sentiu bem foi eu. Tive que deixar a mesa e ir pro banheiro. Estava nauseada e acabei vomitando. RM veio logo atrás preocupado e me ajudou me levantando e lavando meu rosto.

RM: — Amor o que foi isso?

Eu: — Ah meu estômago estava doendo. Deve ser do nervoso desses dias. Amor eu estava desde ontem achando que o PD ia me demitir e eu ia ter que ir embora.

RM: — Ah Nina, desculpa. Eu nem pensei nessa possibilidade. Você acha que isso pode acontecer? — ele perguntou preocupado.

Eu: — Pode, claro. Mas acho que ele acreditou em mim. Vamos ver como ficarão as coisas. Eu não quero ver comida. Vou ficar aqui deitada OK? Vá e termine de comer.

RM: — Já volto. — deu um beijo na minha testa. Foi até sala falou com os meninos e voltou imediatamente pro meu lado. Em 10 minutos J-Hope apareceu dizendo que já tinha terminado e que ficaria comigo pro RM comer. Na sequencia Jimim todo fofo me trouxe uma xícara de chá de hortelã.

Quando PD chegou, ele primeiro me ouviu, depois o coreógrafo e por último os meninos individualmente. Ao final reuniu todo o pessoal da área criativa incluindo o coreógrafo da Big Hit e o grupo e anunciou que ele retomaria a frente das coreografias. Lembrou a todos que não seria fácil, pois tempo havia sido perdido e teriam que correr. Ainda assim eu os vi todos empolgados com o trabalho a ser feito. PD claro depois me chamou e me deu um sermão sobre o que eu tinha feito mesmo me dando razão. Durante o sermão eu estava uma pilha e assim que acabou acabei vomitando no banheiro da empresa mesmo. Como estava tudo resolvido eu fui pra casa cedo e me deitei. Bem mais tarde, provavelmente depois de terminado o ensaio RM me ligou querendo saber onde eu estava. Falei que não me sentia bem, que a conversa com o PD tinha sido tensa apesar de estar tudo bem agora. Eu tinha ido pro meu apartamento e não pra casa do grupo. Ele me disse que todos ficavam melhor comigo por perto.

RM: — Principalmente eu claro. Mas o Jimim já estava perguntando de você.

Eu: — Ah amor, hoje eu vou só descansar. Pede desculpas por mim.

RM: — Você comeu? Eu vou dormir aí e faço uma sopinha pra você.

Eu: — Juro que não precisa. Eu pensei de tomar só um chá e comer alguns biscoitos de água e sal.

RM: — Promete que me liga se não se sentir bem?

Eu: — Prometo. Agora vá pra casa comer e descansar.

RM: — Tá... mas ainda acho que você não devia ficar sozinha.

Eu: — Vou ficar bem, amor.

No dia seguinte assim que acordei mandei mensagem pra ele dizendo que eu estava acordada e bem, pra ele não se preocupar. Na semana que se seguiu com as mudanças de coreografia algumas coisas no palco foram modificadas. Acabei tendo que cancelar um contrato com uma empresa de equipamentos e aquilo foi bem estressante, tentei negociar, mas havia multa pelo cancelamento. Eu estava mais uma vez na casa do grupo e de manhã meu estômago atacou de novo.RM: — É só o estômago mesmo amor? Tem mais alguma coisa acontecendo?

Eu: — Que eu saiba sim. Claro que a proximidade do fim do meu visto me deixa tensa mas a gente já conversou e sei que a gente vai dar um jeito.

RM: — Hoje à noite eu vou pro Japão fazer uma capa, você fica aqui? Vou ficar mais tranquilo. Eu volto amanhã à noite.

Eu: — Eu sei da sua viagem, pode ir tranquilo.

Na manhã do dia seguinte eu estava tomando café com os meninos, estava com dor de estômago, mas não queria preocupá-los então não disse nada.

Na hora do almoço na empresa acabei passando muito mal e Jin ficou sabendo e veio falar comigo.

Jin: — Você está bem?

Eu: — Meu estômago está me incomodando bastante, acho que não devo mais comer nada apimentado.

Jin: — Por que você não vai ao médico ver logo isso. Não adianta ficar aqui e não conseguir trabalhar.

Eu: — Eu tenho coisas bem urgentes pra resolver, outra hora eu vou. Obrigada Jin.

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RM: — Alô. Pode falar Jin.

Jin: — RM eu não ia falar nada não, mas conversei com os outros e achamos melhor falar sim. A Nina passou mal aqui na empresa.

RM: — Ela tá bem? O que ela teve?

Jin: — A mesma coisa das outras vezes. Espero que você não leve a mal o que vou dizer mas, não existe a possibilidade da Nina estar grávida?

RM: — Oooh! Não. Eu acho que não. Ahh Jin, será? Ela toma pílula. Nossa nem tinha pensado nisso! Agora você falando...

Jin: — Às vezes pílulas falham...

RM: — Caramba, nossa preciso falar com ela. Que droga eu estar longe. Obrigada Jin.

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Eu: — Oi amor, tudo bem? Aposto que o Jin fez fofoca. Eu já estou melhor. Quando sair daqui vou passar numa farmácia e comprar um antiácido.

RM: — Tá tudo bem, mas eu queria muito estar aí. Só achei que o que eu vou falar não podia esperar. Os meninos todos pensaram na possibilidade de você...

Eu: — De que?

RM: — De você estar grávida. É possível?

Eu: — Ahh Minha Nossa. Não tinha pensado nisso. Será? Mas e as pílulas? — fiquei super abalada.

RM: — Amor eu não sei. Só acho que você devia ir ao médico fazer um teste e se não for isso você trata seu estômago.

Eu: — É. — eu tremia com a possibilidade.

RM: — Nina, vai ao médico, por favor, nada de teste de farmácia. Hoje à noite estarei aí. Que droga, você vai fazer isso sozinha.

Eu: — Tá tudo bem Nam. Eu vou sim. Agora que tô pensando nisso não vou conseguir sossegar.

RM: — Assim que souber me dá notícias. Te amo.

Eu: — Também te amo.

O Tempo da LeoaOnde histórias criam vida. Descubra agora