Coagidos

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Mudou repetidamente os canais da televisão, abriu e fechou os aplicativos de filmes, desligou o televisor e tentou dormir. Tudo em vão. Penélope não saia de sua mente, ou melhor, os lábios vermelhos, as calças justa e o top minúsculo não saiam.

Ligou o celular e verificou as horas. Sete e cinquenta. Nem tinha se passado quinze minutos desde a saída dela, mas parecia muito mais. Tempo suficiente para outros admirarem as curvas marcadas, os seios fartos, aquele cabelo macio e a boca destacada em vermelho.

Levantou, calçou os sapatos e correu escada a baixo até a garagem da mansão. Em minutos estacionava na frente do único bar da cidade, o que diminuía as chances de não encontra-la.

Não precisou procura-la, ao passar pela porta do estabelecimento a voz dela chegou aos seus ouvidos em alto e furioso som.

— Podem criar a realidade que preferirem. Estou pouco me fudendo pra opinião de vocês.

Perguntando-se o que causara tamanha indignação, ficou levemente divertido por notar que de alguma forma foi para ofender o ex-namorado, parado ao lado dela com olhos arregalados e boca aberta. Não conseguiu ocultar um leve sorriso de satisfação pelo constrangimento do outro.

De queixo erguido e o orgulho brilhando em seu rosto, Penélope se virou para o local em que ele estava e, inesperadamente, sorriu. Um inclinar debochado que o fascinou desde o primeiro encontro deles e o enfeitiçou ao longo do namoro.

Os quadris, apertados no jeans, moviam-se sedutores conforme a pequena feiticeira se aproximava. O desafio que ele sempre desejava vencer estava estampado em suas feições delicadas. Quase podia ver as pupilas dilatadas, o dourado vencendo o pequeno aro esverdeado, puxando-o para seus encantos.

Sabia que ela aprontaria algo, que havia uma ideia maliciosa formando-se naquela cabeça bonita, por isso não se assustou quando ela se lançou em seus braços, pernas em volta de seus quadris, os braços envolvendo seu pescoço e a boca tomando a dele. Não hesitou em ampara-la, em apertar aquela bunda tentadora em suas mãos, em puxa-la contra si enquanto ela invadia sua boca com tamanha paixão que o deixou duro de imediato.

A mão dela o acariciava na nuca, afundava-se em seus cabelos e o deixava louco com a volúpia. O beijo foi intenso e ao se afastarem em busca de ar, os olhos dourados fitaram enevoados os seus, a face corada. Os lábios estavam borrados de vermelho, tentadoramente inchados, úmidos e entreabertos, suplicando por novos beijos.

Céus! Ele a queria tanto que seu corpo, em especial uma parte baixa de sua anatomia, pulsava dolorosamente, implorando por satisfação.

— Essa foi a melhor recepção que ganhei na vida — murmurou sentindo a garganta seca, ansiando provar a boca dela novamente.

Aconchegando o rosto em seu pescoço, Penélope sussurrou:

— Me tire daqui.

Não precisou de segunda ordem. Mas antes lançou a Lucas um olhar que deixava claro que ela lhe pertencia. Se o olhar não bastasse, fechou as mãos que amparavam o traseiro redondo, arrancando um gemido delicioso dela e inclinou-se para beija-la no pescoço.

Pelo olhar furioso do outro, o resultado foi alcançado.

Com Penélope agarrada em seu corpo, saiu do estabelecimento e caminhou até seu carro como se ela não pesasse nada. E praticamente não pesava sendo tão pequena em relação a ele.

— Pode me colocar no chão.

Ele o fez a contra gosto, deixando-a entre ele e a porta traseira do carro.

Enquanto queria continuar de onde pararam, percebeu que ela se esticava, observando algo acima de seu ombro. Quis se virar, mas ela segurou seu rosto com ambas às mãos, impedindo-o e mantendo-o direcionado para ela, que sustentava um sorriso brilhante nos lábios.

Desejos ~ O filho secreto do CEO ~ DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora