Feiticeira

150 14 0
                                    

Assim que estacionou na ampla garagem, Diego correu para abrir a porta para Penélope, chegando no momento em que ela saia do carro, seu tórax sendo acariciado pelos seios dela.

Automaticamente segurou-lhe a cintura e a puxou para perto, a excitação retornando com força e a beijou. Não por causa de sua meta de seduzi-la, mas por necessidade de tê-la novamente em seus braços, beija-la, possui-la. Ela era uma pequena feiticeira envolvendo-o e prendendo-o com seus feitiços, mergulhando em suas veias um veneno que o mantinha cativo.

— Fique comigo esta noite — pediu entre os beijos, as mãos não conseguindo parar de toca-la, deslizar por sua pele quente, acariciar os seios intumescidos, senti-la.

— É uma péssima ideia — ela murmurou, a cabeça inclinada deixando o pescoço entregue aos lábios exigentes dele.

— Sua boca diz uma coisa e seu corpo diz outra — ele argumentou abrindo o botão das calças dela e descendo o zíper.

Penélope pensou em para-lo, mas seu corpo traidor – confirmando a declaração dele - recusou-se a impedi-lo, ansioso em entregar-se aos prazeres que só Diego lhe proporcionava.

A mão grande e quente infiltrando-se em sua calcinha, chegando no meio de suas pernas. Os dedos moveram-se ao encontro do sexo pulsando, separando gentilmente os lábios quentes, encontrando o centro úmido e pronto para ele.

— Você me deseja.

Ela não negou. Seria inútil quando ele podia sentir o corpo dela vibrando nas mãos dele, quando ela contorcia-se de encontro à exploração íntima, clamando em ser subjugada.

Inesperadamente, numa tortura prazerosa, ele a virou, uma mão ainda dentro dela enquanto a outra afastava seu cabelo para dar acesso a novos beijos em sua nuca, bochecha e boca.

Gemeu contra a boca dele ao sentir um dedo penetrando-a enquanto outro formava círculos de prazer em seu clitóris. As pontas dos dedos a estimulavam, variando os movimentos com suavidade, aumentando gradativamente, a velocidade e intensidade arrastando-a para a beira de um precipício de paixão.

Aumentando o prazer intenso percorrendo-a, ele a penetrou com mais um dedo, o polegar continuando a estimular seu clitóris. A boca a beijava, lambia e mordiscava, pescoço, ombro, garganta, toda parte que tinha acesso até retornar a dela com avidez, a língua imitando os movimentos dos dedos. Ele sabia como toca-la, beija-la e deixa-la louca, gemendo suplicante por mais.

Inspirava e expirava o ar com dificuldade, seu corpo tremia e as veias enchiam-se de chamas, que se moviam, subiam e desciam por cada parte de seu corpo até aglomerar-se no ponto em que os dedos tocavam.

O membro rígido roçando sua bunda aumentava seu desejo, a fome para senti-lo de novo dentro de si, do jeito que ele descrevera minutos antes, rápido, forte, tomando-a de todas as formas.

— Diego... céus... — arfou, o corpo fervendo, as mãos espalmadas no vidro da porta traseira escorregando devido o suor. O frio da lataria não era suficiente para abrandar o fogo que a consumia.

Ele a estimulava e ela o seguia, movendo os quadris de encontro aos dedos, estremecendo a cada pontada reverberante de prazer.

— Diga que me quer, que nunca deixou de me querer — ele ordenou afundando em seu sexo, a pressão levando-a ao limite.

— Sim... Sim... Nunca deixei de te querer.

Ele tomou-lhe os lábios em um beijo arrasador, a língua dominando-a.

Foi o limite para o corpo de Penélope. Todas suas terminações explodiam e se desfizeram na mão dele. Suas pernas fraquejaram e teria despencado no chão se ele não a estivesse amparando com firmeza, aconchegando-a contra si.

Com a cabeça curvada, e a testa apoiada no vidro, sentia a respiração agitada dele assoprando sua nuca, mexendo os fios de seu cabelo, mexendo com cada fibra de seu ser.

Sentindo na palma da mão os tremores sensuais, Diego a beijou na lateral do pescoço, aspirando excitado à mescla do perfume que ela usava com o que o sexo satisfeito exalava.

Acariciando o vão entre as nádegas femininas, seu membro latejava, implorando para participar da brincadeira e ser acolhido por Penélope como antigamente.

A moveu para ficarem frente a frente, mantendo-a junto a si, embalando-a em seus braços, os lábios beijando com suavidade a testa suada, o rosto e a boca inchada e com quase nenhum vestígio do batom vermelho.

— Vamos para o meu quarto ou para o seu? — perguntou movendo lentamente as mãos pela cintura dela, segurando-a possessivamente de encontro a sua ereção.

Instintivamente, Penélope espalmou as mãos no tórax dele, sentindo os batimentos fortes e acelerados em compasso com os seus. Com as pálpebras pesadas, o encarou encontrando a paixão reluzindo nos olhos castanho-escuros.

Ela queria entregar-se, muito, mas já havia cometido por tempo demais o erro de achar que relação sexual bastava.

— Continua a ser uma péssima ideia.

— Vamos nos casar — ele argumentou deslizando os lábios sobre os dela em uma carícia suave. — Como pode ser uma péssima ideia?

— Será um casamento de fachada — ela disse com crueza, para atingir a si mesma e assim não cair na fantasia que um dia a fez se apaixonar por ele.

— Isso aqui parece fachada? — ele perguntou levando uma mão dela até seu membro pulsante de vontade de mergulhar nela a noite toda.

O calor em sua mão a fez morder o lábio, fraquejar e pensar em se entregar a uma noite tórrida. No entanto, logo se lembrou que não era mais uma adolescente deslumbrada. Não podia cair no mesmo erro por causa de atração física. Ainda mais com Diego Freitas, que a menos de uma semana atrás dizia e demonstrava despreza-la. Ele a transformaria na prostituta que sempre declarou que ela e a falecida mãe dela eram.

— Isso é apenas sexo — disse lutando contra a própria fraqueza.

Fitando-a, Diego declarou com um sorriso devastador:

— Acabei de provar que você gosta de sexo — aproximou-se ainda mais, seu membro vibrando na mão que ainda o segurava, acrescentando rouco: — E comigo. Nos dê uma chance — pediu aninhando o nariz no pescoço dela, enfeitiçado pela fragrância e calor dela.

Ela queria dar essa chance, como queria.

— Não — decidiu com a voz trêmula.

Arriscar-se por algumas noites de prazer era se rebaixar, e confirmaria que ele estava certo a respeito dela.

Para não dar oportunidade a desistência, desvencilhou-se dele e afastou-se quase correndo, os dedos atrapalhando-se com o botão e o zíper das calças, as provas de sua vergonhosa reincidência.

Sem ação a negativa, Diego encostou-se ao carro e a observou partir. Ao perdê-la de vista, abaixou o olhar para a mostra do desejo frustrado, respirou fundo e andou dolorosamente para dentro da mansão. Teria de resolver seu caso com as próprias mãos por enquanto.

Perdeu uma batalha, mas obteve uma pequena vitória, comemorou sentindo o cheiro dela em seus dedos. Em breve capturaria aquela pequena feiticeira e a teria entregue em sua cama.

Desejos ~ O filho secreto do CEO ~ DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora