O dia que não teve fim

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Sana


Gritei na rua pedindo para alguém chamar alguma ambulância até que algumas pessoas me ajudaram e pela movimentação Jihyo apareceu, ela estava com Tzuyu e ficaram muito nervosas com o que estavam presenciando.

A ambulância chegou em questão de minutos, mas Dahyun não queria acordar e eu não iria sair do lado dela de jeito nenhum.

ー Salvem ela por favor. Ela é tudo o que eu tenho. ー Falei para os paramédicos enquanto segurava a mão de Dahyun. Eu chorava muito e não queria aceitar aquilo. Dahyun não merecia tá passando por isso.

Não obtive resposta dos paramédicos, eles não sabiam dizer se Dahyun ficaria bem, apenas disseram que o quadro dela era delicado.

Pedi para Jihyo avisar a senhora Kim, pois eu iria até o hospital na ambulância onde Dahyun estava. Eu ficaria ao lado dela até ela melhorar.

Quando chegamos no hospital os enfermeiros e médicos levaram Dahyun para a sala de exames e depois para a de cirurgia. Fiquei na sala de espera andando de um lado para o outro sem saber o que fazer e apenas chorando. Alguns médicos que passavam por ali tentavam me acalmar, mas nada adiantava.

Fiquei muito tempo em pé e sem ter noção do tempo quando a senhora Kim veio em minha direção chorando, ela estava visivelmente abalada.

ー Onde está minha filha? ー Ouvi a voz do senhor Kim atrás da senhora Kim.

ー O que você faz aqui? A Dahyun tá muito mal e não precisamos de você pra piorar tudo ainda mais. ー Falei tentando ir pra cima do senhor Kim, mas a senhora Kim me segurou.

ー Eu sou o pai da Dahyun! Eu quero a minha filha!

ー Agora se diz pai dela, não é? Não acha que é um pouco tarde pra se arrepender? ー Falei externando toda a minha dor. Aquelas palavras estavam presas na minha garganta há muito tempo.

ー Sana, não diga isso... ー A senhora Kim voltou a chorar e ela tinha razão, eu não tinha que dizer essas coisas. Eu estava deixando todo mundo assustado.

ー Desculpa senhora Kim, eu só tô muito mal. ー Eu a abracei ー Eun-woo que fez isso com a Dahyun, foi ele que a atropelou, eu vi.

ー EU VOU MATAR AQUELE MOLEQUE! ー O senhor Kim gritou.

ー E vai estragar a vida da Dahyun de vez? ー A senhora Kim se virou para o seu marido com muita raiva ー Tudo o que você faz é na base da violência, do rancor e ódio. É por sua culpa que Dahyun está aqui. Toda nossa família acabou por sua causa. Você é incapaz de aceitar que as coisas saiam do seu campo de vista. Dahyun nunca foi a errada, a forma como você a expulsou de casa... A forma como você a tratou por ela ter se descoberto e a forma como você quer resolver as coisas... Tudo isso daqui é culpa sua e eu deveria ter tido mais responsabilidades e ter deixado Dahyun ficar comigo e te mandado embora! Pode ser que agora eu não veja mais a minha filha nunca mais.

A senhora Kim me abraçou novamente e voltou a chorar. Encarei o senhor Kim e ele estava sem palavras, parecia horrorizado, mas acho que estava se tocando das merdas que fez.

Acolhi a senhora Kim e fomos nos sentar. Eu teria que ter calma por ela, mas a verdade é que eu também queria chorar.



Mina



Cheguei em casa com a cabeça prestes a explodir. Eu não podia acreditar que mataram o Hideo e a polícia simplesmente não sabia quem poderia ter feito aquilo. Primeiro a morte de Hideo e segundo a loucura de Hae-soo, era coisa demais para um dia só.

Japanese Beauty • Michaeng (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora