Ano novo!

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Dahyun


Quando chegamos em casa levamos Sana para o meu quarto e abrimos um colchonete com algumas cobertas e a deitamos lá. Sana estava com muita febre e mamãe foi buscar os remédios para ela e fazer uma sopa, já que ela também estava fraca.

Fiquei sentada na minha cama observando Sana com preocupação. O que a levou a sair de casa e ficar largada no frio em pleno Natal? Sana é de família rica e era para estar no conforto de sua mansão desfrutando do bom e do melhor.

ー Filha! ー Papai me chamou ー A comida da sua amiga está pronta, consegue acorda-la? Pode ajudá-la com isso?

ー Pode deixar que eu cuido dela sim, papai. ー peguei a tijela de sopa, me sentei ao lado do colchonete de Sana e fiquei chamando-a aos poucos até ela acordar ー Consegue ficar sentada um pouco só para eu te ajudar a se alimentar? Sana, você precisa comer algo.

Sana se sentou e ficou encarando o chão, ela mal conseguia segurar o talher então tive que dar comida na sua boca. Era o cúmulo ter que fazer isso, mas devido as circunstâncias...

ー Você não precisa me ajudar... Eu estava melhor lá naquele banco do que aqui na sua casa.

ー Deixa de ser ingrata! Eu não ia deixar você morrer porque era isso que iria acontecer. Você iria morrer congelada pois está nevando e aqui tá quentinho.

ー Eu não gosto de você. Eu não esperava que você me ajudasse.

ー Eu sei que você não gosta de mim e eu só queria saber porque. Você se acha superior a mim, é isso? ー Me levantei jogando a colher em cima dela com bastante força. Sana estava tão morta que nem se desviou ou reclamou de dor, ela continuava a encarar o chão com aquela expressão fria e doente ー Se você tem algum problema comigo então fala logo de uma vez...

ー Dahyun, o que tá acontecendo? ー Mamãe perguntou entrando no quarto.

ー Desculpa mamãe, é que a Sana é teimosa e tá demorando pra comer. ー Falei nervosa.

ー Não é assim que se trata alguém que tá doente. Tem que ter paciência, vamos, dê esses remédios para baixar a febre dela, mas só quando ela terminar de comer. Ela precisa ficar forte primeiro. ー Mamãe foi até Sana e começou a lhe dar comida, terminando o que eu nem havia começado direito. Fiquei com um pouco de ciúmes daquilo, era a minha mãe tratando uma outra pessoa com carinho e dedicação. Fechei a cara e cruzei os braços.

Quando mamãe terminou ela se despediu de mim com um beijo de boa noite e foi para o seu quarto dormir. Fiquei acordada para dar o remédio da Sana e logo troquei de roupa para dormir.

Fui até a janela do meu quarto ver a neve e ela caia lindamente lá fora. Era o primeiro Natal que eu me lembro que passo sem a Momo e estava sendo péssimo, pra piorar Sana ainda estava na minha casa. Eu definitivamente odiava aquela garota.

ー Sinto sua falta, Momo. ー Falei bem melancólica e fui para a cama dormir. Sana já estava dormindo, então eu deveria fazer o mesmo.

No dia seguinte Sana amanheceu melhor. Ela ainda estava com febre, mas estava mais viva. Talvez o remédio e os cuidados tenham surtido efeitos.

Sana desceu toda enrolada e foi para a mesa do café da manhã com a gente. Ela veio acompanhada de mamãe, que fez questão de sentar ao lado dela e ficar acariciando suas costas. Sério, elas estavam num grude horrível.

ー Então Sana como tá se sentindo? ー Papai perguntou.

ー Minha vista dói, quando eu olho para os lados dói e gira tudo. Tá complicado. Meu corpo parece chumbo e eu ainda me sinto quente. ー Sana explicou.

Japanese Beauty • Michaeng (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora