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Acordei na manhã seguinte entediada e pensativa, um turbilhão de coisas passavam pela minha cabeça desde o meu relacionamento com Jane até o jogo. Eu não podia ficar preocupada quanto ao jogo pois eu acabaria me atrapalhando, mas eu estava ansiosa para resolver tudo isso com Jane, sentia meu coração batendo ao pensar na maneira mais louca e convicta que eu encontrei para lhe fazer entender que eu quero somente ela.
A minha noite foi um pouco mais tranquila comparada as outras, Seul amanheceu ainda mais fria que os de mais dias, eu não tinha muito para fazer então eu estava pensando em apenas passar o dia inteiro na cama assistindo algo ou jogando algo. Eu estava sem celular e não podia falar com ninguém então eu precisava urgentemente comprar outro logo, mas deixarei para depois. Creio que se eu tivesse um celular agora já teria enviado milhares de mensagens para Jane e acabaria estragando o meu plano para reconquistá-la, talvez tenha sido tudo obra do destino então eu deveria me contentar com isso.
Após tomar um banho quente, eu desci para tomar o meu café da manhã na companhia de Mali que já estava sentada na mesa servindo um pouco de café na própria xícara, assim que me notou próxima a mesa a senhora sorriu e indicou a outra cadeira com os olhos, mas antes que eu pudesse me sentar caminhei até ela.
- Bom dia, vovó! Você dormiu bem? - perguntei depositando um beijo na cabeça dela.
- Oh minha netinha, eu estava sentindo uma dorzinha no joelho - ela disse pegando na minha mão.
- Como se sente agora? Ainda está doendo? - perguntei começando a ficar preocupada.
- Ainda dói um pouco, mas já tomei remédio pra dor - ela disse e eu assenti preocupada.
- Vovó, eu sei que a senhora não gosta de hospitais, mas acho que seria uma boa idéia ir agora - disse puxando a cadeira para me sentar ao lado dela.
- Não precisa disso, eu logo estarei bem - ela disse forçando um sorriso.
- Me escuta, vovó. Quanto mais rápido a gente for, melhor vai ser, hu? - disse levantando as sobrancelhas.
- Ta bom, mas só por que não quero vê-la preocupada - a senhora disse.
- Vamos, eu ajudo a senhora a se arrumar - eu disse.
- Não precisa disso, eu consigo fazer sozinha - ela disse e eu rebati.
- Eu sei que consegue, mas eu quero ajudar a minha vózinha - respondi e ela assentiu voltando a ficar calada.
Apoiei sua mão em um dos meus braços e segurei na cintura dela, começamos a subir as escadas sem pressa justamente para não forçar o seu joelho mais do que já estava forçando, então quando chegamos em seu quarto ela escolheu a dedo seu vestido enquanto se mantinha sentada e eu apenas ia pegando tudo, ajudei ela a trocar de roupa e em seguida passei a escova em seus cabelos.
- Agora você fica aqui enquanto eu troco de roupa - disse e ela assentiu.
Fui para o meu quarto e apenas peguei um moletom todo preto e um tênis branco, não me preocupei em passar uma escova nos meus cabelos pois eu deixaria ele coberto pelo próprio capuz e em seguida peguei minha carteira sobre a cômoda e voltei para o quarto de Mali para lhe ajudar a descer as escadas. Eu não ousaria levá-la para o hospital em minha moto então eu chamei um táxi pelo telefone fixo e por sorte havia um bem aqui perto e logo logo estaria aqui.
