28- Dias de preocupações

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Yves

Chego na porta de casa e assim que coloco minha mão na maçaneta escuto um choro fininho de bebê, após isso me apresso para entrar e vejo Jinsoul sentada no sofá segurando o bebêzinho de Jungeun.

— O que esse neném fofo está fazendo aqui? - Perguntei com uma vozinha fina e fui rapidamente até eles. - Oi Seungmin. - Cumprimento o bebê pegando na sua mãozinha e ele para de chorar no mesmo instante. - Como você tá, neném? Tá bem, né? - Dou um beijinho na mãozinha dele e me sento no sofá ao lado de Jinsoul.

— Primeiro, ele está um pouco ruinzinho. Segundo, cadê o meu "oi"?

— Primeiro, o que ele tem? Segundo, eu te vejo todo dia, não precisa, agora esse bebê é difícil de eu ver por aqui. - Falei e levei a mãozinha dele para perto do meu nariz para sentir seu cheirinho. - Ele está a coisinha mais fofa e enorme! Cadê aquele carequinha miudinho da última vez?

— Ele está com cólica e sim, ele está crescendo muito rápido! Queria parar o tempo para esse carinha continuar desse tamanho, assim ele não cresceria e ficaria rebelde que nem a criança respondona que a gente tem. - Jinsoul termina de falar e revira os olhos.

— O que houve dessa vez?

— Yerim está morrendo de ciúmes dele. - Jinsoul aponta para o bebê. - Ela bagunçou a sala toda de birra e me respondeu na frente de Jungeun, depois foi dormir emburrada e de mal comigo por eu ter feito ela arrumar o que ela mesma bagunçou.

— Vou conversar com ela amanhã. - Falo e solto um suspiro cansado. Yerim é um amor, mas ultimamente está muito difícil, desconfio que isso seja por influência da sua colega de escola. - Agora sinto muito, Jinsoul. - Começo a me levantar do sofá. - Mas você não vai poder apreciar a minha companhia neste fim de noite, estou morta de cansaço.

— Você vai mesmo ir dormir quando pode fazer companhia para mim e para esse bebê fofinho aqui? - Ela vira o bebê para mim e o levanta.

Não, não, não! Como ela pode? Quem resiste a bochechas gordinhas?

— Vou contar para Jungeun que você está usando o bebê dela como arma para me fazer de refém da sua companhia. - Falo e volto a me sentar no sofá. Não sei se o bebê entendeu o que aconteceu aqui, mas ele deu risada. - Carinha, você é muito fofo! Não dá para resistir! - Solto um grunhido e aperto as suas bochechinhas, isso faz ele dar mais risadas ainda. Que vontade de apertar ele todo! Mas me controlo e olho para Jinsoul para perguntar o que não saia da minha cabeça desde que vi o bebê de Jungeun aqui. - O que aconteceu para ele estar aqui?

— É uma longa história, mas aqui vai um resumo, Jungeun apareceu desesperada na minha porta com um montinho de cobertor, colocou ele no meu colo enquanto dava uma rápida explicação de que não tinha ninguém confiável para o deixar e aqui está ele. - Jinsoul fala tudo rápido e no fim passa seu dedo indicador no narizinho do bebê, que faz uma careta. - E você? O que rolou para chegar tarde? Eu nem vi a hora que você saiu hoje.

— É uma longa história também, preciso dormir antes de falar qualquer coisa, mas resumindo, salvei uma pessoa e tive um encontro com outra que eu estava morrendo de saudades... - Contei e olhei nos olhos de Jinsoul, com isso ela já soube de quem eu estava falando.

— Não. - Ela negou com a cabeça.

— Sim. - Assenti. - Ela está tão linda, Jinsoul. - Falo e solto um longo suspiro, ainda conseguia sentir o cheiro delicioso do perfume dela.

— Não, Yves! - Jinsoul me repreende. - Pode parar, eu não quero saber desse nome por aqui, então nem me fale.

— Ela… - Respiro fundo e abaixo a cabeça. - Eu quero ela… - Falo baixo envergonhada e dou uma fungada.

(Des)amar é Fácil ⑅Chuuves⑅Onde histórias criam vida. Descubra agora