Please, Love Me - [ J.B ]

Relax!

Já estava ficando impaciente por não receber nenhuma notícia de minha mãe, se não fosse o Justin eu teria espancado um médico atrás de informação. Mas logo avisto o doutor, que cuida dela, chegar. Espero que tenha boas notícias.

- E então, doutor? Como ela está? Já acordou? Posso ir vê - lá? - Encho o médico de perguntas atrás de respostas.

- As notícias não são ruins, sua mãe já mostra um grau de estabilidade melhor. Mas isso não quer dizer que ela irá ficar sem quimioterapia mas, ela se recusa a fazer isso. - Ele diz enquanto encara uma prancheta em suas mãos. Como assim ela não quer fazer quimioterapia??

- Posso ir vê - lá? - Pergunto. - Acho que consigo fazer ela mudar de ideia quanto a isso. - Completo. O médico me encara e logo acente devagar.

- Número de seu quarto é 250 no segundo andar. - Diz sem nenhuma expressão. Dou um rápido selinho no Justin e um pequeno sorriso pro meu pai.

Me encontro de frente ao quarto em que minha mãe está. Toco a maçaneta que está bem gelada e a giro. Assim que coloco a cabeça pra dentro do quarto engulo em seco ao ver minha mãe deitada completamente pálida. Não gosto de vê - lá assim, é horrível. Me aproximo da cama e ela vira seu olhar até mim e da um pequeno sorriso como se ela sentisse dor ao fazer esse pequeno movimento. O sorriso não tem vida, é um sorriso sem emoção. E o sorriso dela é um dos mais lindos que já vi.

- Oi -  Digo baixinho segurando sua mão gelada.

- Oi - Sussurra. Quase inaudível.

- Como está se sentindo? - Pergunto enquanto acaricio sua mão.

- Me sinto melhor, Melissa. - Diz de forma lenta.

- Por que não me contou? - Meus olhos se enchem de lágrimas.

- Não queria preocupar você! - Diz soltando um suspiro.

- Mas, agora eu sei. E, sabe, foi bem pior! E você ainda não quer fazer a merda dessa quimioterapia. - Digo indignada afundando em minhas lágrimas.

- Melissa! Isso não vai adiantar de nada! Só vai me fazer sofrer! - Ela diz cansada.

- Para! Mãe, você precisa fazer isso! Isso vai ajudar sim. - Digo desesperada. - Faz a merda dessa quimioterapia. Eu preciso de você! Faz por mim! Mostra pra mim que se importa comigo e faz essa droga! - Já estou chorando muito. Meus soluços são audíveis, as lágrimas escorrem livremente. Quando a olho ela também está chorando. Merda! Escuto batidas na porta e uma enfermeira entra me dizendo que tenho que sair. Olho pra minha mãe e sussurro um ' por favor! ' e saio.

Meu pai me pediu pra ir embora logo que cheguei a sala de espera. O Justin ainda tinha que voltar pra escola já que ele fugiu. Chego em casa e está tudo silencioso. Vou direto pro meu quarto e me jogo na cama, cubro meu rosto com a mão e choro descontroladamente. Quando vou me levantar pra ir ao banheiro acabo esbarrando em minha cômoda derrubando a caixa que contém o objeto que marca meus pulsos. Pego aquele objeto e me tranco no banheiro e olho o objeto em minha mão. Posiciono ele em meu pulso mas não faço o corte, não consigo movimentar minha mão. Só deixo ela parada segurando aquilo que me machuca. Logo solto aquilo e escorrego pro chão frio do banheiro segurando minhas pernas junto ao meu corpo e choro sem parar.

Escuto a companhia tocar e só aí fui perceber que estava quase dormindo no banheiro. Abro a porta e sinto um abraço aconchegante vindo do meu namorado. Beijo seu pescoço e logo encontro seus lábios que, logo, peço passagem com a língua, ele cede e enfia sua língua em minha boca explorando cada canto até nos separarmos por falta de fôlego.

- Como você está? - Ele pergunta enquanto fecha a porta e me abraça por trás depositando um beijo atrás de minha orelha. Meu ponto fraco.

- Ah, tentando ficar bem. - Digo de olhos fechados sentido os beijinhos que me deixam arrepiada.

- Hm , e será que eu posso ajudar você a ficar bem? - Pergunta em tom malicioso. Sorrio e me viro de frente pra ele.

- Acho que só você .. - Deposito um beijo rápido em seus lábios e continuo. - vai conseguir me deixar relaxada!

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Então?

             Meio pequeno mas espero que curtem esse capítulo.

Bye! Xoxo