Vallerius a conduziu para uma nova área do castelo, na verdade uma que já havia ido algumas vezes, mas raramente a usará. Aquele era o arsenal, ou o que deveria ter sido de um castelo, e no fundo havia uma enorme fornalha, mas ela não era como as outras. Caindo por uma abertura na parede saia um líquido extremamente quente de cor azul, quase como se fosse um rio, o calor era evidente, quase chegava a ser insuportável. Acima havia uma enorme panela cheia de algo que Alessia julgava ser obsidiana, algo que a deixava curiosa, já que Obsidianas são consideradas de certa forma frágil.
— Por que usar Obsidiana?? A espada não quebraria fácil?
— Se fosse uma espada feita apenas de Obsidiana sim... venha... você deve forjar sua própria espada... Quando ela se tornar incandescente jogue a esfera dentro junto com isso... Depois jogue na forma... o resto saberá o que fazer...
As palavras dele a deixaram com uma certa dúvida, sem compreender, mas fez como ele pediu, vendo pouco as pedras se tornarem líquidos e por fim ganharem uma cor vermelha viva. Nesse momento, jogou a esfera da alma que começou a se derreter lentamente se tornando pouco a pouco um com o líquido incandescente e por fim o chifre do demônio. Por fim, como ele havia dito, retirou a bacia e a levou até uma bancada na lateral, onde havia uma forma de lâmina feita do que parecia ser ferro. Derramou o líquido ali até que preenchesse tudo e por fim fechou. E como ele havia dito, ao observá-la fechada havia uma marca sobre o topo, um círculo arcano com a marca de uma mão em seu centro e algo que se assemelhava a uma estaca.
— Claro... tem que ter sangue envolvido nisso... — Dizia a garota revirando os olhos e levando a mão até o topo. Fincou sua mão sobre a estaca, fazendo com que seu sangue escorresse para o interior da pedra, começando a recitar o nome das runas que havia sobre a rocha, ativando então o selo mágico e quando terminou retirou a mão da estaca, curando a ferida que havia ficado, o brilho da magia do selo parecia envolver toda a forma.
— Agora venha comigo... Irei lhe explicar o que teremos que fazer... enquanto a lâmina esfriar... depois você termina de confeccioná-la...
Alessia seguiu o maior até a biblioteca, onde ele lhe fez um gesto para que esperasse que ele voltasse. Não demorou muito para que ele voltasse com um rolo de papiro, o qual ele abriu sobre a mesa central, Alessia podia ver que era um mapa antigo, muito antigo das terras a volta e um pouco além. Apesar de que muita coisa havia mudado, a base geológica daquele lugar se mantinha a mesma.
— Se bem me lembro do que me contou, seu pai se encontra aqui não é? Onde agora existe um forte. — Dizia o Vampyr, apontando para o mapa sobre a mesa, apontando para o vale na parte baixa.
— Exato... O castelo acima fica aqui, e pelo que pude perceber, os nossos inimigos estão mais a oeste... depois das montanhas, acredito que próximo ao vilarejo Orkney... — Respondia Alessia, o dedo deslizava até um braço da montanha que se estendia pelo vale, como se criasse uma proteção para o mesmo.
— E acredito que em alguns dias eles atacaram aquele lugar, indo em direção aquele vilarejo que fica no topo da montanha. De forma que se seu pai não for burro, irá para lá imediatamente se já não estiver. Quem pegar aquele forte receberá uma grande vantagem sobre o outro.
— Sim, essa é uma das cidades mais prósperas que temos. Além de ser um ótimo ponto de caça também é um local de travessia para os dois pontos, já que o desfiladeiro está às nossas costas. Então iremos invadir a cidade de Fisnar?
— Não... iremos para a cidade de Orkney, por que sua missão não será intervir diretamente na luta. Sua missão será destruir o príncipe dos vampyrs que estão tentando dominar esse território...
— Do que está falando?
— Os anciões jamais iriam vir eles próprios para cá, então possivelmente mandaram um príncipe. Aquele que conseguir dominar esse território o comandará... Lembra-se da política que lhe expliquei?
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Vínculos de Sangue - Cronicas dos Filhos das Trevas
VampirosVocê já se perguntou por que o mundo possui monstros?Por que existem as trevas? Você já escutou o chamado dela? Alessia Galahti foi uma das poucas que escutou o chamado das trevas, e graças a um pacto feito por seu pai, ela é conduzida até uma anti...