Vínculos de Sangue - Cronicas dos Filhos das Trevas

A batalha da Cidade Abandonada

Os observava de uma distância segura, era o que pensava até o momento que aquele que estava sobre o manto disse algo, parecia sibilar e então seus olhos vermelhos se voltavam para Alessia. Tinham a encontrado. No mesmo instante algo colidiu com a casa em que estava, fazendo um forte estrondo e a garota teve que saltar para a noite e assim conseguir se esquivar do ataque. Pousou alguns metros à frente, sobre o telhado. Eles saltavam surgindo aos olhos de Alessia, a poucos metros de distância, observando com certa curiosidade e fascínio, em suas costas o rapaz vestido como nobre surgia.

— É uma de nós? Ela não se parece com os outros... — Perguntou a menor deles

— O cheiro dela é diferente... — Resmungou o maior, sobre a armadura.

— Ei... eu estou ouvindo vocês sabiam? — Anunciou Alessia, arqueando uma sobrancelha enquanto a mão pousava sobre a cintura.

— Parece que você é nova por aqui... Quanto estão te pagando para levar os cães para caçar? Nosso lorde pode te pagar o dobro, ele é extremamente rico sabia... — Dessa vez foi o homem atrás de si quem respondeu, um sorriso surgia enquanto a língua passava pelos lábios, analisando Alessia de cima a baixo.

— Eu não estou sendo paga. Mas eu adoraria conhecer seu Lorde... quem sabe, matá-lo e entregar a cabeça dele para meu pai... — Alessia respondeu com descaso, erguendo as mãos na altura dos ombros, e dando um pequeno sorriso sádico em seus lábios.

— Ownnn essa garota é ousada não é?

— Seu pai... seria aquele que a transformou? Isso pode ser um problema... quer dizer que outro está querendo esse território... — A voz baixa, quase como um sussurro veio por detrás do manto, os olhos vermelhos pareciam observá-la com cautela, a observando. Certamente deveria tomar cuidado com aquele ali.

— Bem, de toda forma... se não vai se juntar a nós... então não tem serventia... Ysildor, mate-a. — A mulher de vestido preto dizia e no mesmo instante o homem enorme tomava a frente, puxando seu martelo de guerra.

— Ysildor não é? Bem, eu espero que você seja gentil comigo... Entretanto não sei se somente um de vocês será capaz de me deter...

— Você fala demais... - Disse Ysildor, puxando a arma e em um só golpe tentando acertar a jovem parada a frente. Alessia dava um sorriso antes de avançar, ele era rápido, mas ainda sim lento, de maneira que ela encurtou o pouco espaço que tinha entre eles, conjurando duas espadas feita de sombras para atacá-lo, acertando seus braços e pernas, mas ela apenas arranhava a pele dele, de tão dura que ela era.

— Mas que droga é essa?

— Hunf... eu acho que você será esmagada com apenas um único sopro de Ysildor...

Ele não era apenas forte, mas tinha uma resistência muito maior do que esperava, eles não pareciam ter notado que ela havia conjurado as sombras, o que lhe dava um pouco mais de tempo, não queria ter de usar suas habilidades agora, mas sabia que usar apenas as sombras como armas não resolveria seu problema. Bem, era melhor eles saberem sobre a espada do que ser um vampyr capaz de aprender a antiga arte de controlar as sombras. Puxou ambas as espadas de suas bainhas, e avançou em direção ao grandão, que defendeu o ataque de Alessia com seu enorme machado, empurrando a vampyr para trás, a lançando no ar. Nesse instante a garota sentiu algo se mexer atrás de si e teve apenas um momento para se virar usando a espada para defender de um ataque, tendo o nobre que surgiu acima de sua cabeça, lhe atacando com uma espada fina e pontiaguda. Ele a atacou três vezes tão rápido quanto havia surgido no ar, dando pouco espaço para que a jovem conseguisse se defender. Ele era rápido, principalmente quando atacava com aquela espada.

— Pensei que seria Ysildor a dar cabo de mim...

— Achou mesmo que isso seria um duelo de um contra um? Queremos ver se ao menos tira nosso tédio... — Respondeu o nobre segurando a espada, deslizando a lâmina pontuda contra a outra mão enquanto a olhava com uma certa curiosidade. Ysildor estava atrás de si, demonstrando que qualquer movimento ele iria simplesmente golpeá-la como se fosse um inseto. Somente a espada não iria fazer a diferença ali agora.